- O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lançará no dia 11 de julho, no Rio de Janeiro, um novo programa de desenvolvimento para o país, o PAC, que destinará um investimento anual de R$ 60 bilhões
- Os mais recentes estudos indicam uma despesa de capital adicional de cerca de R$ 20 bilhões para construir Angra III, com previsão para entrar em operação comercial apenas em 2029
- De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o custo de não avançar com a construção de Angra 3 é de R$ 13,6 bilhões
O Itaú BBA explorou, em relatório publicado nesta sexta-feira (4), quais seriam os impactos para Eletrobras (ELET3; ELET6) caso o projeto de Angra 3 seja deixado de fora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e seja abandonada a construção da usina.
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai relançar no dia 11 de julho, no Rio de Janeiro, o PAC, programa de desenvolvimento para o País, que destinará um investimento anual de R$ 60 bilhões. Angra 3, no entanto, não foi compreendida no projeto.
No relatório do Itaú BBA, produzido pelos analistas Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota, Matheus Botelho Marques e Victor Cunha, o tom foi de surpresa com a exclusão de Angra 3.
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“Ficamos surpresos com a notícia de que Angra 3 pode não ser desenvolvida, visto que nossas interações recentes com funcionários do governo e com a empresa sugeriram o oposto. Posto isso, notamos que nenhuma decisão foi tomada e que ainda há uma chance de que Angra 3 seja desenvolvida”, disseram.
Quais os impactos de abandonar a construção de Angra III?
Os analistas pontuaram a dificuldade de realizar o projeto e seu alto custo, que começou em 1980 e até hoje não foi finalizado. Segundo eles, Angra 3 foi paralisada diversas vezes, com um gasto de quase R$ 8 bilhões.
Além disso, os mais recentes estudos indicam uma despesa de capital adicional de cerca de R$ 20 bilhões para construir Angra 3, com previsão para entrar em operação comercial apenas em 2029, quase cinquenta anos após o início da construção.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o custo de não avançar com a construção de Angra 3 é de R$ 13,6 bilhões.
Além disso, como avalista da dívida de Angra 3, a Eletrobras teria que pagar a dívida existente do projeto caso a Eletronuclear, proprietária das usinas de Angra 1, 2 e 3, não efetue os pagamentos.
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O atual acordo de acionistas da Eletronuclear estabelece que, em caso de necessidade de capital, a Eletrobras só seria obrigada a injetar patrimônio na proporção de seu capital votante, que é de 36%.