A Direcional Engenharia (DIRR3), uma das maiores incorporadoras do Minha Casa Minha Vida (MCMV), apresentou lucro líquido de R$ 104,4 milhões no segundo trimestre de 2023. O montante é recorde para a companhia e representa um salto de 4,6 vezes em comparação com o mesmo período do ano passado, quando registrou ganho de R$ 22,4 milhões.
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Já o lucro líquido operacional foi de R$ 74,2 milhões, aumento de 30,3% na mesma base de comparação. O resultado operacional exclui as despesas com a cessão de recebíveis de financiamentos imobiliários, o resultado de swap de ações e outros itens considerados não recorrentes – como venda de ativos.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 146,6 milhões, crescimento de 56,1%, com margem de 24,2%, alta de 8,2 p.p. Por sua vez, o Ebitda ajustado somou R$ 134,2 milhões, subida de 13,5%, com margem de 22,2%, alta de 2,0 p.p.
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A receita líquida totalizou R$ 605,4 milhões, expansão de 3,3%. A margem bruta foi a 33,9%, subida de 2,7 p.p.
O balanço da Direcional foi bastante ajudado pelo seu resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras). Esta linha gerou despesa de apenas R$ 1,2 milhão, contra despesa de R$ 30,8 milhões no mesmo período do ano anterior. O destaque aqui foi uma receita financeira não recorrente de R$ 10 milhões em função da rolagem e marcação a mercado do swap referenciado em ações de emissão da Direcional.
Outro ponto que contribuiu para o aumento do lucro foi a linha de “Outras Receitas e Despesas Operacionais”, que gerou resultado líquido positivo de R$ 9 milhões. Essa linha teve o ganho não recorrente de R$ 28 milhões pela venda de participações societárias em empreendimentos. Sem isso, a linha teria gerado uma perda de R$ 19 milhões no trimestre.
A companhia explicou que as vendas de fatias em empreendimentos aconteceram em projetos com um volume alto de capital empregado, em especial, aqueles cujos terrenos haviam sido adquiridos com pagamento em caixa. Segundo a incorporadora, é possível reinvestir o dinheiro em projetos com taxas de retorno “sensivelmente superiores”, como os empreendimentos cuja compra do terreno se dá via permuta.
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A equivalência patrimonial (linha que considera os resultados advindos de projetos feitos em parcerias) foi de R$ 12 milhões, alta de 146% na comparação anual.
A Direcional reportou geração de caixa de R$ 21,7 milhões. A dívida líquida ajustada chegou a R$ 268,2 milhões, alta de 24%. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) aumentou 2,6 p.p., para 16,7%.
