O ouro fechou praticamente estável, com investidores digerindo os dados sobre a inflação dos Estados Unidos – que vieram dentro do esperado e reforçaram a tese de manutenção dos juros do país – e o efeito destes números sobre o apetite por risco do mercado.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 0,08%, a US$ 1.948,90 por onça-troy.
O analista Edward Moya, da Oanda, ressaltou que os preços do ouro primeiro reagiram acelerando o ritmo de alta após o CPI dos EUA, mas logo diminuíram os ganhos quando investidores viram o bom desempenho das ações.
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“Pode haver um pico no dólar, mas o ouro não subirá se Wall Street continuar a comprar ações. O sentimento tem diminuído para o ouro, já que as participações em fundos de índices caíram para os níveis mais baixos desde março. Se o mercado ficar ainda mais convencido de que um pouso suave está em vigor, o ouro provavelmente terá dificuldades”.
Para o TD Securities, o CPI dentro do esperado aliviou “temores de que o mercado de trabalho persistentemente apertado” pudesse corroer o processo desinflacionário dos Estados Unidos. O ouro, que costuma atrair investidores interessados em preservação de valor, sofre pressão negativa num cenário de inflação menos intensa.
A expectativa do TD Securities é de que traders fiquem à margem do mercado até que as chances de um ciclo de corte de juros nos Estados Unidos nos próximos 12 meses se firmem. Até lá, o comportamento dos preços do ouro provavelmente vai se apoiar no esgotamento da atividade de venda. “O gatilho para novas vendas nos mercados futuros agora é abaixo da marca dos US$ 1.900”, acrescentou.