A quarta-feira foi, mais uma vez, negativa para os índices acionários globais, em sessão marcada pela
divulgação da ata da última reunião monetária do FOMC. O documento mostrou que, ao final do mês passado, a maioria dos membros do comitê de política monetária considerava que a inflação ainda poderia ficar acima do esperado nos meses seguintes, o que poderia exigir novo aumento dos juros.
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A leitura corrobora a visão de que, ainda que a inflação americana tenha surpreendido para baixo nas últimas leituras, os dados de atividade e, principalmente, do mercado de trabalho, mostram uma economia bem mais resiliente do que o esperado, o que demandaria juros elevados por mais tempo para que haja convergência da inflação para a meta.
Todo este cenário tem impactado os ativos de risco, com fortalecimento do dólar globalmente e aumento dos juros das treasuries, e hoje não foi diferente. Na Europa, os mercados acionários fecharam sem direção única, após temores de um posicionamento mais rígido do Banco da Inglaterra (BoE) nas decisões monetárias após dado de inflação mais forte que o esperado em julho por lá.
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Por aqui, o Ibovespa trabalhou no campo positivo até a divulgação do documento do Fed, mas virou para
o campo negativo e confirmou a décima segunda queda consecutiva.
No final da sessão, o índice recuava 0,50%, aos 115.592 pontos, com giro financeiro de R$ 31,4 bilhões. No câmbio, o dólar fechou próximo da estabilidade, com leve recuo de 0,01% frente ao real, cotado a R$ 4,99. Nos juros, o movimento foi de queda nos principais vértices da curva a termo, acompanhando o movimento global.
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