Os juro da T-note de 2 anos avançaram nesta terça-feira e mantiveram a marca de 5%, à medida que o mercado vê riscos de uma prolongada postura restritiva pelo Federal Reserve (Fed). Na ponta longa, por outro lado, os rendimentos dos Treasuries recuaram, com trégua após os recordes da véspera.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 5,039%, enquanto o da T-note de 10 anos recuava a 4,328% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,411%.
O presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, defendeu hoje o compromisso em garantir o retorno da inflação à meta de 2%. O dirigente também alertou que evidências de pressões inflacionárias ainda elevadas poderiam justificar mais aperto monetário nos EUA.
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As declarações contribuíram para a visão de que o banco central americano pode manter a postura agressiva contra a inflação. Essa perspectiva ajudou a manter o juro de 2 anos acima de 5%, mas os de longo prazo encontraram espaço para alívio.
Para o BMO Capital Markets, a tendência é de que a renda fixa registre oscilações contidas antes do Simpósio de Jackson Hole, que começa na quinta-feira. O presidente do Fed, Jerome Powell, discursará na sexta-feira e possivelmente abordará questões estruturais sobre a economia, como a taxa neutra de juros.
O BMO considera improvável que Powell sinalize que as mudanças na pandemia tornaram os juros naturalmente mais altos de maneira definitiva. “Esperamos que Jackson Hole e o relatório de empregos da próxima semana se combinem como o catalisador para reduzir as taxas [dos Treasuries]”, prevê.