A gestora Empírica anunciou o fechamento para resgates e aplicações do fundo Empírica Lótus FIC FIM CP, conforme comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pelo administrador do veículo, o BTG Pactual.
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Conforme o rito do regulador, será convocada uma assembleia para apresentar o Plano de Ação da gestora, que envolve permitir movimentações de cotistas que não puderam ser realizadas.
Leonardo Calixto, presidente executivo (CEO) da Empírica, afirmou ao Broadcast Investimentos que o fundo foi fechado por uma questão de liquidez. Trata-se de um “efeito colateral” do fechamento do fundo Empírica Lótus IPCA, há cerca de três meses, segundo ele.
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“Após o fechamento [do Lótus IPCA], houve uma corrida de resgates para esse fundo que fechamos ontem. Essa corrida durou uns dois ou três dias e teve um volume relevante de resgates. Depois da gente ter esclarecido os motivos do fechamento do Lótus IPA, o mercado se acalmou, pois entendeu que era um evento de liquidez pelo qual passamos. Mas ficou um volume grande [de resgates] concentrado em poucos dias”, diz o CEO da gestora.
Conforme nota de esclarecimento publicada no site da Empírica, o fundo saiu de um caixa projetado de um valor positivo de pouco menos de R$ 30 milhões, para um valor negativo de R$ 200 milhões.
Calixto diz que houve a tentativa de negociar ativos no mercado secundário, mas não foi viável. Na nota publicada no site, ele descreveu que “a equipe de gestão da Empírica não conseguiu realizar as vendas de ativos, em volume e condições considerados adequados, principalmente dadas situações adversas no mercado de crédito, que hoje demonstra menos liquidez e exige a prática de preços que poderiam proporcionar impactos negativos para os investidores que não solicitaram resgates e permaneceriam no fundo”.