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Bolsas de Nova York fecham em alta, com Apple em destaque

Ações da fabricante do iPhone conseguiram se recuperar na sessão

Bolsas de Nova York fecham em alta, com Apple em destaque
Operador trabalha no salão da Bolsa de Valores de Nova York, Manhattan, EUA 20/05/2022 REUTERS/Andrew Kelly

As bolsas de Nova York fecharam em alta leve e, ainda que sem muito fôlego, se mantiveram no positivo durante a maior parte do pregão, com as ações da Apple voltando subir após perdas acentuadas nos últimos pregões. O mercado ajusta posições enquanto aguarda os dados de inflação nos EUA da próxima semana e digere novos comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed).

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,22%, aos 34576,59 pontos; o S&P 500 subiu 0,14%, para 4457,49 pontos e o Nasdaq avançou 0,09%, aos 13761,53 pontos. Na semana, no entanto, os índices acumularam perdas de 0,75%, 1,29% e 1,93%, respectivamente.

Os atritos entre EUA e China que bateram forte nas ações da Apple, levando a companhia a perder cerca de US$ 200 milhões em valor de mercado nas últimas duas sessões, se mantêm, mas as ações da fabricante do iPhone conseguiram reverter a tendência baixista e fecharam em alta de 0,35%. Depois de ter determinado a proibição do uso de iPhone por funcionários públicos, a China hoje acusou os EUA de abusar do seu poder de Estado para pressionar empresas chinesas.

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Esse é mais um desdobramento das tensões que envolvem os dois países e ampliam as incertezas em torno do potencial global de crescimento. Em meio às movimentações do G20 na Índia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial alertaram que o crescimento da economia global desacelerou e as projeções de médio prazo são as mais fracas em mais de três décadas. Com o preço do gás disparando novamente diante do início de uma greve em unidades da Chevron na Austrália e o petróleo em alta no mercado internacional, economistas já se questionam se poderá haver um repique inflacionário. “Isso parece improvável, tanto em termos dos rumos que os preços do petróleo bruto tomarão a partir daqui, como na forma como os preços da gasolina ou do diesel influenciam o ritmo geral da inflação nos EUA e no Canadá”, avalia o CIBC.

O setor de energia puxou as altas hoje do S&P 500, com as ações da Chevron subindo 0,34%, acompanhadas pelas da Exxon Mobil, que avançaram 1,46%. Já as ações da Ford e da General Motors (GM) subiram 2,84% e 1,17% respectivamente, depois que a Stellantis apresentou proposta de aumento salarial ao sindicato americano dos trabalhadores das três montadoras (United Auto Wokers, UAW), que há semanas ameaçam greve.

De acordo com ferramenta do CME Group, neste fim de tarde, o mercado estimava em 93% a probabilidade de manutenção de juros na reunião de política monetária do Fed de setembro. O cenário mais provável apontado é que o atual patamar de juros permaneça até maio. Comentários entre ontem e hoje de Austan Goolsbee (Fed de Chicago), Lorie Logan (Fed de Dallas), John Williams (Fed de Nova York) e Mary Daly (Fed de São Francisco) entraram na ponta do lápis dos economistas. Segundo o Navellier, com o quase consenso de manutenção de juros pelo Fed neste mês, os receios de uma recessão continuam diminuindo e as estimativas de lucros das empresas permanecem firmes.

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