A projeção do Itaú Unibanco (ITUB4) para a taxa de inflação em 2023 foi reduzida de 5,1% para 4,9% com “uma composição mais benigna”. Além disso, o banco informa em relatório que reduziu a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 de 4,3% par 4,1%. Em relação à expectativa de (IPCA) deste ano, o Itaú cita que revisou para cima a previsão para os preços administrados com o anúncio de alta de gasolina e diesel na refinaria pela Petrobras em meados de agosto.
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Em contrapartida, diz que diminuiu a estimativa para os preços livres, com inflação menor de serviços, alimentos e itens industriais. “Os riscos para nossa projeção são simétricos. Com o mercado de trabalho aquecido, as leituras de serviços devem reacelerar ao longo do segundo semestre do ano, mas reconhecemos o risco de que isso não ocorra”, explica.
Na parte das altas, o Itaú menciona que caso o fenômeno climático El Niño afete significativamente o volume de chuvas na região Sul do País, a inflação dos preços de produtos in natura pode ser mais intensa no final do ano. Além disso, o avanço recente dos preços internacionais de petróleo pode impulsionar elevações adicionais do preço da gasolina. “Por ora, esse risco parece menor, uma vez que a defasagem entre os preços doméstico e externo encontra-se perto de zero”, diz.
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Já quanto à projeção para o IPCA de 2024, o Itaú explica que o mercado de trabalho ainda apertado não deve permitir alívio adicional de inflação de serviços no próximo ano. Segundo a instituição, uma queda adicional nos preços de commodities ou aceleração no nível dos estoques, além de eventuais compensações que reduzam os reajustes de energia elétrica trazem risco de baixa para a projeção do ano.
Dólar
O Itaú Unibanco manteve a projeção em R$ 5,00 para a taxa de câmbio no fim de 2023 e em R$ 5,25 para o final de 2024.
A instituição diz ver espaço para uma dinâmica menos benigna do real ao longo do segundo semestre do ano com redução do diferencial de juros, diante do início do ciclo de corte na taxa Selic, possível alta residual nos juros americanos e cenário externo indicando nível sustentado para o dólar global. “Por outro lado, o risco doméstico, que segue em patamar baixo, e o fluxo de dólares, principalmente com bom desempenho da balança comercial, são forças positivas para a moeda”, menciona a nota.