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Cobre fecha em queda em contramão a metais básicos

O metal caiu hoje (18) com operadores atentos às perspectivas traçadas para a taxa de juros americana

Cobre fecha em queda em contramão a metais básicos
Foto: Envato Elements

Os metais básicos fecharam nesta segunda-feira (18) sem direção única, mas com boa parte dos contratos em alta, na iminência das reuniões de decisão de política monetária, incluindo nos Estados Unidos e na China ao longo desta semana, com operadores atentos sobretudo às perspectivas traçadas para a taxa de juros americana. O mercado de insumos básicos segue dimensionando o impacto das recentes medidas anunciadas pela China, com o Julius Baer avaliando que a procura por metais pelo país asiático deve seguir estagnada. O cobre estendeu as perdas para a segunda sessão seguida.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega agendada para dezembro encerrou a sessão em baixa de 0,58%, a US$ 3,7790 a libra-peso, prolongando a perda de sexta-feira e ampliando a queda no mês para cerca de 1,50%. Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuava 0,61%, a US$ 8.358,00 por volta das 14h50 (de Brasília).

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do níquel subia 0,15%, a US$ 19.950,00. O contrato do alumínio avançava 1,02%, a US$ 2.218,50 a tonelada, e a do estanho tinha alta de 1,02%, a US$ 26.135,00 a tonelada. A cotação do zinco subia 0,93%, a US$ 2.538,50 a tonelada. O contrato do chumbo estava em US$ 2.249,50, com desvalorização de 0,68%.

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O amplo conjunto de dados econômicos da China confirmou que os setores intensivos em metais seguem em dificuldades, em particular o mercado imobiliário, ainda que os investimentos em infraestrutura registrem uma tendência próxima das médias dos últimos anos, escreveu Carsten Menke, que lidera a equipe de pesquisa da próxima geração do grupo bancário suíço Julius Baer. “Nossas opiniões permanecem inalteradas: salvo medidas de estímulo amplas nos setores imobiliário e de infraestruturas, a procura chinesa de metais deverá permanecer bastante estagnada”, escreveu Menke, em relatório distribuído nesta segunda-feira.

Para o analista, o impacto das recentes medidas adotadas pela China ainda não foi visto. “No entanto, os dados semanais das principais cidades sugerem apenas um breve aumento nas vendas de casas após a flexibilização das políticas imobiliárias”, ponderou. O analista diz que manteve as previsões de crescimento de 4,8% para 2023 e 4,2% para 2024 para a economia chinesa.

A greve de trabalhadores de montadoras nos Estados Unidos entrou em seu quarto dia. Para a Marex, a distância entre as demandas dos empregados e as propostas das empresas segue ampla mesmo após alguns progressos no fim de semana.

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