Em relatório, o Santander (SANB11) analisa o que o Orçamento proposto pelo governo para o ano de 2024 poderia significar para o número de vagas do Fies no próximo ano, calculando o impacto potencial para cada um dos players de educação cobertos. Além disso, atualiza os modelos para as empresas, elevando a recomendação da Vitru (VTRU) para outperform (compra) e rebaixando Ser Educacional (SEER3) para recomendação neutra. Yduqs (YDUQ3) continua como a top pick da casa no setor pelo “perfil resiliente e forte impulso operacional a curto prazo”.
Leia também
A oferta da Fies pode chegar a 140.000 novos assentos em 2024 contra 120.000 em 2023. De acordo com o Proposta de Plano Orçamentário Brasileiro para o próximo ano (PLOA 2024), o governo pretende destinar R$ 6,4 bilhões (+34% ano contra ano) para o Fies. Supondo que 85% do orçamento seja gasto (a média durante entre 2012-2017), isso seria suficiente para cobrir aproximadamente 153.000 alunos e oferecer 140.000 vagas adicionais em 2024, calcula o Santander.
“Com base no orçamento do governo proposto, não esperamos que o Fies ofereça um aumento significativo de vagas. De acordo com nossos cálculos, o plano orçamentário implica a oferta de 140 mil novas vagas em 2024, embora a maior demanda ainda dependa de menos restrições das regras do programa. Em nossa análise de cenário hipotético, assumimos 100% de utilização da capacidade de assentos Fies, que poderia gerar receitas 7% maiores para o segmento presencial ante nosso caso base, enquanto o mercado de ensino à distância (EAD) poderia diminuir apenas 1,5% na mesma comparação”, analisa a casa.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
No geral, um Fies potencialmente maior poderia aumentar o lucro por ação dos players (ex-Vitru) entre 10% e 47% em 2024. A Ânima poderia ser o principal beneficiário, na visão do banco.
Além disso, o relatório ressalta que as alterações de regra do Fies devem ser o principal catalisador do segmento: “afrouxando as regras, a fim de aumentar a utilização, teria um impacto mais significativo do que um aumento no número de vagas, em nossa opinião. Não esperamos um aumento material na utilização do Fies disponível a menos que as regras do programa mudem”, afirmam os analistas, argumentando que as regras para os alunos precisam ser academicamente e financeiramente menos restritiva, e que gostariam de ver um melhor compartilhamento de riscos em termos de inadimplência para as instituições.