Os metais fecharam sem sincronia nesta quinta-feira (5), com o cobre voltando a registrar queda, em um ambiente de cautela com os investidores em compasso de espera pelo relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, que sai amanhã. O dado será peça crucial para precificação sobre as próximas decisões de política monetária americana pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano). Os preços do cobre, que foram abaixo de US$ 8.000 a tonelada em Londres, podem se tornar um obstáculo para o desenvolvimento de novos projetos que supram a necessidade de oferta do metal, segundo a Capital Economics.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro cedeu 1,03%, a US$ 3,5520 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses recuava 0,54% por volta de 14h35 (de Brasília), a US$ 7.878,50, oscilando próximo da mínima intradiária de US$ 7.870,00.
A Capital Economics avalia que a tendência de rápidos aumentos na oferta de metais industriais este ano deverá diminuir nos próximos anos para o cobre, mas prevê que o crescimento da oferta de níquel permanecerá robusto. A consultoria projeta que a divergência será uma das principais razões pelas quais o preço do cobre aumentará mais do que o do níquel até ao final do próximo ano, segundo nota assinada pelo economista de commodities, Kieran Tompkins.
Os preços atualmente baixos do cobre e os custos altos de financiamento estão criando obstáculos para a expansão de operações em minas, de acordo com a presidente da Freeport-McMoRan, Kathleen Quirk. Em comentários feitos no FT Mining Summit, em Londres, Quirk afirmou que a demanda por cobre deve dobrar, enquanto há desafios ao desenvolvimento da oferta. Na visão da executiva, a conta é desafiadora quando se leva em conta o custo de capital para desenvolver um projeto e o tempo necessário para a conclusão.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do níquel computava queda de 1,45%, a US$ 18.380,00. O contrato do alumínio tinha variação negativa de 0,58%, a US$ 2.231,50 a tonelada, e a do estanho subia 0,96%, a US$ 24.165,00. A cotação do zinco caía 0,85%, a US$ 2.464,00 a tonelada. O contrato do chumbo era negociado a US$ 2.138,00, com valorização de 1,40%.