- Com recuo de 1,02% em setembro, o preço dos alimentos domésticos puxaram a queda do grupo de alimentação e bebidas
- Segundo Gabriela Mendes, o modo de planejamento depende da configuração familiar
- Se planejar antes de ir ao mercado é fundamental para qualquer modelo de família
Com recuo de 1,02% em setembro, o preço dos alimentos domésticos puxaram a queda do grupo de alimentação e bebidas, acumulada em 4,01%, no período de junho a setembro. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado no último dia 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação é positiva para o poder de compra das famílias, mas como se planejar para aproveitar os bons números?
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“Estamos falando de um setor que é sensível a uma série de variantes, desde a mudança cambial até as questões climáticas. Mas o principal agora é a retomada do poder de compra. A inflação fez com que o brasileiro deixasse de comer alguns alimentos para conseguir fechar a conta”, explica a economista Gabriela Mendes.
Alguns especialistas recomendam as idas semanais ao supermercado para compras básicas destes determinados dias. Mas, segundo Gabriela, o modo de planejamento depende da configuração familiar.
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Fazer a despesa do mês faz sentido para as famílias grandes, principalmente em supermercados que oferecem melhores ofertas para compras em maior quantidade.
“Famílias maiores não vão ter problema com os alimentos estragando, por exemplo. Mas é muito importante observar a configuração familiar, porque quem mora sozinho, ou em duas pessoas, a compra do mês pode representar desperdícios. Para que isso não aconteça é importante ter um planejamento melhor”, argumenta a economista.
Se planejar antes de ir ao mercado é fundamental para qualquer modelo de família. Fazer listas, estudar preços e entender a quantidade comum de consumo da casa, diminui a necessidade das compras de manutenção, que acarretam maiores gastos.
Festas de final do ano
O dado do IPCA simboliza um contexto econômico de melhoria da pressão inflacionária, que foi acometido pela pandemia e por questões do mercado internacional. Mas no final do ano há uma tendência de aumento, “porque as pessoas têm mais renda, recebem o décimo terceiro, têm férias, e tudo isso gera uma pressão na demanda”, esclarece a especialista.
Para este cenário pode ser vantajoso antecipar as compras do final de ano, principalmente, quando há possibilidade de aumento dos preços em datas sazonais. Gabriela enfatiza que, “este é um bom momento para acompanhar os preços e identificar as melhores oportunidades, principalmente, para quem empreende no ramo alimentício”.