O cobre fechou em alta nesta terça-feira (24), diante de um pequeno alívio nas tensões geopolíticas e com possível redução na oferta da commodity, com mineradoras indicando redução da entrega do metal em 2023 em seus balanços de produção.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro subiu 1,04%, a US$ 3,6240 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses avançava 0,94% por volta de 14h (de Brasília), a US$ 8.060,50.
Hoje, a Anglo American reduziu sua diretriz de produção anual do cobre em 2023, motivada principalmente por uma queda na extração das minas no Chile, maior exportador mundial da commodity, o que, no curto prazo, parece apontar para uma redução na oferta.
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Também hoje, a canadense Teck Resources reduziu guidance para 2023, consequência de “eventos geotécnicos localizados”. Na semana anterior, investidores também não reagiram positivamente ao guidance da Antofagasta, que o manteve inalterado para 2023, mas parece sugerir rebaixamento nas projeções para 2024, segundo analistas da Peel Hunt.
Segundo o Commerzbank, os dados mais recentes do International Copper Study Group (ICSG) indicam uma redução da oferta do metal, de fato, mas os preços seguem em níveis considerados baixos porque o mercado “parece continuar amplamente abastecido”. Porém, no médio prazo, a previsão do banco alemão é para uma redução ainda maior na oferta, como consequência da fraqueza atual de preços, que deve “travar investimentos na expansão de produção”.
A China, maior consumidor mundial do cobre, aprovou também hoje um incentivo econômico no país de 1 trilhão de yuans. Por meses, investidores especularam sobre possíveis medidas de incentivo, mas a divulgação da medida parece não ter movimentado muito os compradores de cobre, diz o TD Securities, apesar de ele considerar que a medida de incentivo à oferta “pode potencialmente dar um impulso ao crescimento do país em 2024”.
Entre outros metais negociados na LME sob vencimento de três meses, no horário citado, a tonelada do alumínio subia 1,19%, a US$ 2.202,00; a do chumbo avançava 0,26%, a US$ 2.103,50; a do níquel ganhava 0,44%, a US$ 18.310,00; a do estanho tinha alta de 1,15%, a US$ 25.145,00; e a do zinco tinha ganhos de 0,76%, a US$ 2.448,50.
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Com informações da Dow Jones Newswires