O ator Cauã Reymond processou a Atlas Quantum, empresa acusada de pirâmide financeira em um esquema de criptomoedas, por uso indevido de sua imagem, de acordo com informações do Metrópoles.
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A Atlas Quantum é acusada de aplicar um golpe financeiro de R$ 7 bilhões em seus investidores. Além do processo por uso indevido da imagem do ator, Reymond também processa a companhia por danos morais, pedindo uma quantia de R$ 50 mil a título de indenização.
Reymond, de fato, fez propaganda para a Atlas Quantum em 2018, ao lado da atriz Tatá Werneck. No entanto, a companhia ainda mantém no ar o material publicitário do artista, segundo os autos citados pelo Metrópoles.
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Reymond e Werneck foram convocados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas, que investigava golpes com criptoativos. Ambos foram chamados por conta do comercial.
No entanto, ambos recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) e não precisaram comparecer à CPI. As investigações da comissão foram concluídas em outubro.
O ator alegou que a Atlas Quantum tinha boa fama no mercado quando ele começou a fazer propaganda e que seu contrato estipulava que se o negócio não demonstrasse ser idôneo ao longo do tempo, o artista poderia agir legalmente.
Entenda o golpe da Atlas Quantum
A Atlas Quantum foi fundada por Rodrigo Marques dos Santos e Fabrício Spiazzi Sanfelice Cutis. A companhia alegava ter um robô de arbitragem, chamado “Quantum”, que realizava trades entre diferentes exchanges de criptomoedas, sempre com lucro.
O negócio virou alvo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por oferta irregular de títulos mobiliários em 2019, uma vez que o regulador entendeu que o produto da empresa se enquadrava na categoria de Contrato de Investimento Coletivo, a qual precisa de autorização prévia.
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No decorrer do cerco regulatório da CVM, a Atlas Quantum deixou de pagar os resgates dos investidores. Estima-se que 200 mil pessoas tenham sido vítimas do esquema.