

O Ibovespa hoje caiu -0,12%, aos 119.034,14 pontos, e com volume negociado de R$ 25,1 bilhões.
O principal índice da Bolsa chegou a superar os 120 mil pontos, marca que não atingia desde o início de agosto, mas perdeu força gradualmente ao longo da sessão. A reversão foi intensificada após o discurso de Jerome Powell, que se refletiu não somente sobre as bolsas, mas também no dólar e juros futuros.
“O presidente do Fed não fechou a porta para novas altas dos juros norte-americanos, o que fez a precificação para as próximas reuniões refletirem maiores probabilidades de aumentos dos juros”, disse
Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
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A perspectiva de juros mais altos nos EUA se refletiu na valorização do dólar.
Os investidores também ficaram atentos ao andamento da proposta da reforma tributária sobre o consumo.
Na quarta (8), o Senado aprovou o texto-base da reforma, que substitui cinco impostos de estados, municípios e do governo federal por um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual nacional. Agora, a Emenda Constitucional retorna à Câmara dos Deputados, uma vez que os senadores incluíram novos regimes especiais para setores específicos.
As ações da Vale sustentaram o avanço, acompanhando o minério de ferro na Bolsa de Cingapura e, em meio a expectativas de mais estímulos por parte do governo chinês, após dados fracos de inflação na segunda maior economia do mundo.
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As ações da Minerva lideraram as perdas do Ibovespa, reflexo da recepção negativa ao balanço do terceiro trimestre. A receita líquida abaixo do esperado em meio ao declínio dos preços da carne bovina.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,81%, 0,65% e 0,94%, respectivamente.
O dólar e o euro subiram 0,67% e 0,34% frente ao real na sessão, atingindo os R$ 4,94 e R$ 5,27, respectivamente.
As três ações que mais valorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), Grupo Soma (SOMA3) e Cogna (COGN3).
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Confira o que influenciou no comportamento dos ativos:
Braskem (BRKM5): 15,62%, R$ 19,98
Em dia de divulgação de resultados fracos, a Braskem disparou na B3 negociando com valorização de 15,62%, fechando cotada a R$ 19,98. O mercado ignorou a divulgação de resultados fracos e focou na proposta da estatal de Abu Dhabi, Adnoc, por uma participação de 35,3% da Novonor (Ex-Odebrecht) na Braskem. O fundo oferece um prêmio de 116%, segundo análise da XP.
A BRKM5 está em alta de 24,33% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -15,91%.
Grupo Soma (SOMA3): 6,54%, R$ 6,19
Grupo Soma reportou resultados melhores que o esperado no terceiro trimestre, com desempenho de receita e margem bruta em linha com projeções de mercado, mas com Ebitda e lucro líquido acima das expectativas. XP mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 11 por ação. Fechou o dia com valorização de 6,54% a R$ 6,19.
A SOMA3 está em alta de 17,01% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -38,22%.
Cogna (COGN3): 3,82%, R$ 2,72
Cogna subiu 3,82% (R$ 2,72) depois que a companhia conseguiu diminuir o seu prejuízo em 51,5% no terceiro trimestre de 2023 ante o mesmo período de 2022, com Ebitda avançando 40,7% na mesma base comparativa. A XP considerou os resultados ligeiramente positivos, após um desempenho que considerou forte nas três unidades de negócio (Kroton, Vasta e Saber).
A COGN3 está em queda de 0% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 0%.
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*Com Estadão Conteúdo