Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta de mais de 2% nesta segunda-feira (20), à medida que o dólar enfraquecido no exterior e o sentimento de risco benigno amplificaram os efeitos das especulações quanto aos próximos passos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para janeiro encerrou a sessão com valorização de 2,35% (+US$ 1,79), a US$ 77,83. Na Intercontinental Exchange, o barril do Brent para o mesmo mês avançou 2,12% (+1,71), a US$ 82,32.
Segundo uma reportagem do Financial Times, fontes ligadas à Arábia Saudita consideram provável a extensão dos cortes de 1 milhão de barris por dia (bpd) na produção petrolífera até o ano que vem. A expectativa é de que o tema seja discutido na reunião da Opep+ marcada para o próximo domingo, 26, quando o cartel avaliará possíveis reduções na oferta.
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As especulações sobre os planos do grupo ajudaram a reverter a queda firme que a commodity vinha enfrentando ao longo do último mês, diante de incertezas em relação à demanda. “Independentemente do caminho que tomem, a decisão da Arábia Saudita sobre os cortes na produção acabará por moldar o futuro a curto prazo dos preços globais do petróleo”, prevê o vice-presidente sênior da Rystad Energy, Jorge Leon.
Se os sauditas optarem por encerrar os cortes produtivos agora, a média do barril da commodity deve ser de pouco mais de US$ 80 no ano que vem, pelas estimativas da Rystad Energy. “No outro extremo, se a Arábia Saudita prolongar os cortes voluntários até abril de 2024 e depois os reverter gradualmente, o preço do petróleo atingiria uma média de US$ 96 por barril em 2024”, diz Leon.