A XP Investimentos atualizou suas estimativas para o BTG Pactual (BPAC11), considerando os últimos resultados e previsões macro, e introduzindo o preço-alvo para o ano de 2024. As ações subiram e deixaram um potencial de valorização limitado para o caso, na visão da corretora. Assim, o preço-alvo da casa para as ações do BTG é de R$ 40,0/unit para o final de 2024, mantendo a recomendação Neutra.
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“Embora sejamos admiradores do modelo de negócio vencedor que foi construído, continuamos fiéis à disciplina do valuation. Desde o nosso último relatório de atualização as ações saltaram 46%, praticamente o mesmo valor que nosso preço alvo subiu (de R$ 27,2 para R$ 40,0). Como resultado, o potencial de valorização permaneceu estável em cerca de 20%”, explicam Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre. .
No entanto, eles comentam que desde a última atualização da XP sobre o BTG, a empresa apresentou resultados sólidos, recuperando o seu Retorno sobre o patrimônio (ROE) tão rapidamente quanto diminuiu devido a uma provisão não recorrente ligada a um evento específico e altamente divulgado no negócio de Atacado.
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“Uma vez que o banco provou que o seu alegado ‘mix de negócios para todas as condições climáticas’ poderia trazer de volta o nível saudável de rentabilidade, apesar do cenário macro ainda pressionado e da fase inicial do ciclo de flexibilização monetária doméstica, isto levou-nos a ser mais construtivos com os lucros futuros“, avaliam.
Os analistas dizem ainda que a atividade do mercado de capitais estava bastante deprimida, em grande parte, devido à turbulência provocada pelos eventos adversos de crédito na frente doméstica, bem como pela crise bancária no exterior. Apesar disso, houve uma melhora significativa nesse aspecto, o que permitiu ao BTG retomar a tendência ascendente de resultados, diz a casa.
Adicionalmente, a expansão dos resultados deverá ser ainda mais forte à medida que as taxas de juros caírem ainda mais, avalia a corretora. Eles afirmam também que o BTG construiu um portfólio completo de serviços, e vêem os atuais executivos do banco como capazes de entender exatamente quais alavancas são mais adequadas para cada cenário. “Nada nos leva a crer que esse diferencial deva mudar no futuro”, opinam.
“Ao longo de seus 40 anos de história, o BTG construiu uma franquia líder no Brasil. Este ativo difícil de replicar tornou-se particularmente importante durante os tempos difíceis que vimos ao longo do ano. Atribuímos a força da franquia principalmente à cultura de alinhamento de interesses construída por meio de um elogiado modelo de partnership”, acrescentam Guttmann, Guimarães e Nobre.
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No entanto, na visão da XP, “embora o BTG Pactual tenha um forte histórico com mais investimentos bem-sucedidos do que fracassados, algumas de suas estratégias são notavelmente agressivas”, o que poderia potencialmente ter um impacto negativo nos seus resultados globais.
O aumento do apetite pelo risco, particularmente evidente no segmento de Sales & Trading e potenciais fusões e aquisições de maior dimensão, tanto a nível nacional como internacional, podem introduzir um nível mais elevado de risco de execução, segundo a corretora.