O Ibovespa opera com instabilidade desde o início do pregão de hoje (28), em meio ao recuo moderado dos índices futuros de ações de Nova York. As commodities não têm uma direção única. O minério caiu em Dalian, diante das iniciativas da China de controlar o preço da matéria-prima.
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Já o petróleo sobe, após ceder na véspera, no aguarda da reunião da Opep+ esta semana. “Ninguém está tomando muito risco, está esperando a agenda da semana ganhar força. Há um quadro de indefinição, embora o apetite por risco tem sido maior recentemente”, afirma Dennis Esteves, sócio e especialista da Blue3 Investimentos, ao lembrar que só em novembro o Índice Bovespa acumula alta de cerca de 11,00%.
Além do viés de queda no pré-mercado norte-americano de ações, a aceleração da inflação interna neste mês fica no radar. Com a taxa maior do IPCA-15 do que a prevista e os retornos dos títulos do Tesouro dos EUA avançando, os juros futuros sobem, penalizando algumas ações ligadas ao consumo no Índice Bovespa. Ao mesmo tempo, gera certo desconforto a mudança, de hoje para amanhã (29), da votação do projeto de lei de taxação dos fundos exclusivos e fundos offshore, e da proposta de taxação das apostas esportivas no Senado.
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“Cenário para queda tem”, observa o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. Só em novembro, o Ibovespa sobe mais de 11,00%. De todo modo, a baixa é módica. “Está meio devagar, o que pode movimentar um pouco mais é a abertura das bolsas de Nova York, o dado de confiança do consumidor americano que sairá e falas de Fed boys e da Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu.
Além disso, o Congresso está meio parado”, diz Laatus. O IPCA-15 de novembro acelerou a 0,33%, após 0,21% em outubro. O dado ficou pouco acima da mediana de 0,30% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 4,84%, superior ao teto da meta de 4,75%. Após a divulgação, o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, informou que sua projeção para o IPCA fechado deste mês passou de 0,24% para 0,32%, de forma preliminar.
“Por enquanto, seguimos avaliando que o comportamento da inflação corrente não alterará a dinâmica da política monetária”, afirma em relatório. Apesar da alta maior do que a esperada do IPCA-15 de novembro, Esteves, da sócio e especialista da Blue3, pondera que o quadro ainda é “bonito”, no sentido de reforçar desinflação.
“Um ponto de atenção é a aceleração dos serviços subjacentes medida acompanhada com afinco pelo BC para condução da política monetária, mas o filme da inflação está bem definido”, diz. Ainda hoje serão divulgados o Caged de outubro pelo Ministério do Trabalho e as contas do Governo Central do mês passado.
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No exterior, sairá um dado de confiança do consumidor e haverá discursos de membros do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE).
Às 11h16, o Ibovespa caía 0,21%, aos 125.467,47 pontos, perto da mínima diária de 125.448,19 pontos (-0,23%), após subir 0,29%, na máxima aos 126.097,62 pontos. Ontem, o Índice Bovespa à vista fechou em alta de 0,17%, aos 125.731,45 pontos. Enquanto as ações da Vale caíam perto de 1,00%, as da Petrobras subiam em torno de 0,50%.