A respeito dos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) referentes ao mês de novembro, a XP Investimentos destaca que o mercado de planos de saúde apresentou um desempenho ligeiramente positivo, embora nenhuma operadora tenha mostrado um desempenho significativo.
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Segundo a corretora, o Rio de Janeiro continua a ver seu mercado de planos de saúde encolher devido à crise financeira da Unimed-Rio e, mais uma vez, a Hapvida (HAPV3) perdeu beneficiários no período, especialmente dos operadores da NDI – como já era amplamente esperado pela corretora. Por outro lado, o mercado de planos odontológicos cresceu em 647 mil beneficiários trimestre contra trimestre, com a Odontoprev adicionando 57 mil vidas no período.
“Continuamos a ver os fundamentos de crescimento do mercado de planos de saúde como fracos, e os números ligeiramente positivos de novembro não sustentam uma mudança em nossa visão. Portanto, nos mantemos céticos em relação ao setor”, dizem os analistas da casa, Rafael Barros e Raphael Elage.
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Os profissionais reforçam que perceberam um avanço tímido em todo o setor: o mercado de planos de saúde adicionou 45 mil beneficiários mês contra mês, com os planos corporativos sendo mais uma vez o único impulsionador para o número positivo, compensando desempenhos negativos nos planos individuais e de adesão. “Analisando mais detalhadamente, não vemos nenhum operador individual mostrando um desempenho muito forte no mês”, afirmam.
De todas as regiões analisadas pela XP, Rio de Janeiro e Espírito Santo foram as exceções aos números ligeiramente positivos. O Rio de Janeiro apresentou uma perda líquida de 14 mil beneficiários no mês (-49 mil no acumulado do ano), possivelmente devido ao contínuo desgaste da carteira da Unimed-Rio, que perdeu 21 mil beneficiários no mês (-79 mil no acumulado do ano), sendo a Unimed com pior desempenho entre as maiores operadoras.
Já os planos odontológicos, que passaram a ser acompanhados pela casa nesta edição referente a novembro, seguem um comportamento diferente, crescendo 402 mil beneficiários no mês (+647 mil no acumulado do trimestre), “mostrando o potencial de penetração ainda existente nesse mercado – ao contrário dos planos de saúde”, dizem Barros e Elage. “Apesar de ter perdido 0,3 p.p. de market share [participação de mercado] no mês, a Odontoprev ganhou 29 mil vidas em relação a outubro, o que consideramos positivo”.