O Goldman Sachs estima que os dividendos da Petrobras (PETR4) devem ficar significativamente abaixo dos níveis de 2022 e 2023 neste ano, mas ainda em patamar atraente, dado o potencial de rendimento de dividendos entre 11% e 18% para o fim de 2024.
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O potencial de rendimento para este ano considera 11% implícito na fórmula de dividendos do modelo do Goldman e o potencial de mais dividendos extraordinários (sendo que o limite superior é de cerca de US$ 7 bilhões), segundo relatório enviado a clientes.
Já o retorno total dos acionistas da Petrobras atingiu 51% em 2022 e 2023, considerando 54% de rendimento de dividendos e -3% por conta da variação do preço das ações.
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“A fórmula da política de remuneração implica um rendimento de dividendos de aproximadamente 11% para o final de 2024 (que é ligeiramente acima da média dos pares globais). Vemos o potencial para dividendos extraordinários (apoiados por um rendimento do Fluxo de Caixa Livre, o FCFy, esperado para 2024 de aproximadamente 16% e alta posição de caixa, cerca de US$ 17 bilhões em 30 de setembro de 2023)”, afirmam os analistas Bruno Amorim, João Frizo, e Guilherme Costa Martins.
Eles calculam que a Petrobras tem a capacidade financeira para o pagamento potencial de até US$ 7 bilhões em dividendos de recursos extraordinários no curto prazo (potencialmente em março com os resultados do quarto trimestre de 2023), sob o pressuposto de que a Petrobras reduziria sua posição de caixa para o nível mínimo exigido, previamente indicado pela administração da companhia.
O Goldman diz que vê um espaço limitado para valorização do preço das ações da estatal em 2024, semelhante a níveis de 2023, considerando que o desconto do múltiplo Preço por Lucro (P/L) da Petrobras em relação às principais empresas globais já diminuiu de 57% de um ano atrás para cerca de 40% atualmente, agora semelhante à média dos últimos três anos.
O banco diz ainda que prevê rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) de 16% neste ano, cerca de 5,5 pontos porcentuais acima das principais majors globais. Contudo em 2025 a expectativa é de um declínio para cerca de 12%, o que ficaria apenas 1 p.p. acima da média das principais empresas globais, considerando que os investimentos devem ficar mais elevados e os preços de petróleo ligeiramente mais baixos.
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Agora, a casa espera que o preço do petróleo permaneça na faixa de US$ 70 a US$ 90 por barril. O Goldman Sachs reitera recomendação de compra para a Petrobras, com preço-alvo de R$ 45,00 (ON) e R$ 41,00 (PN), representando potenciais de valorização de 14,4% e 7,6%, respectivamente.