Os juros dos Treasuries oscilaram sem direção única ao longo da sessão desta sexta-feira, com forte pressão na ponta curta, que levou o retorno da T-note de 2 anos ao menor nível desde maio do ano passado. Investidores repercutiram a inesperada deflação na leitura mensal do índice de preços ao produtor (PPI) de dezembro, que ampliou as apostas em relaxamento monetário do Federal Reserve (Fed).
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Por volta das 18h (de Brasília), o rendimento da T-note de 2 anos caía a 4,173%, após chegar a tocar no ponto mais baixo desde 17 de maio de 2023. Já o da T-note de 10 anos recuava a 3,952%, enquanto o do T-bond de 30 anos subia levemente a 4,188%.
Um dia após o susto com a aceleração da inflação ao consumidor (CPI) americana, o PPI trouxe alívio ao mostrar recuo de 0,1% na passagem de novembro para dezembro. Em reação, a curva futura voltou a precificar chances maiores de o Fed cortar juros agressivamente a partir de março, conforme indicou o monitoramento do CME Group.
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A Oxford Economics, no entanto, acredita que os mercados anteciparam exageradamente as expectativas para afrouxamento monetário. Para a consultoria, a primeira redução da taxa básica deve vir apenas em maio, o que pode gerar uma correção na renda fixa no curto prazo.
Ainda assim, a tendência em 2024 no geral deve ser de declínio dos retornos dos títulos públicos americanos, avalia a Oxford. “Se os números da inflação continuarem apoiando; os Treasuries, existe um caminho inicial para o rendimento da T-note de 10 anos em direção ao nível mínimo de julho, pouco abaixo de 3,75%, e para o título de 30 anos manter uma oferta abaixo dos 4%”, avalia.
Na próxima segunda-feira ,os mercados americanos ficarão fechados por conta do feriado de Martin Luther Jr.