Os juros futuros fecharam o dia próximos dos ajustes, mas novamente com viés de baixa ao longo da curva. Mais uma vez, ficaram descolados das taxas americanas, que em sua maioria avançaram. Ajustes de apostas no início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos mais uma vez deram o tom da sessão nos mercados.
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As taxas dos contratos de depósito interfinanceiro (DI) oscilaram entre leves altas e leves baixas durante o dia, em parte embaladas pelas mudanças nas expectativas para os juros americanos. Mas, a partir de meados da tarde, firmaram-se em baixa, contrariando ganhos firmes nos rendimentos da T-Note de dez anos, a 4,1382% no fim da tarde.
“Entendo que já existe uma limitação de contaminação neste início de ano, dessa percepção de que vai demorar mais para cortar os juros lá fora”, afirma o estrategista da RB Investimentos Gustavo Cruz. “Tudo bem, pode cortar um pouco menos ou um pouco mais devagar aqui, mas não vão mudar para onde a taxa vai.”
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A taxa do DI para janeiro de 2025, o mais negociado da sessão, caiu de 10,116% no ajuste anterior para 10,095%. O juro do DI para janeiro de 2026 recuou de 9,786% para 9,760% e o do contrato para janeiro de 2027, de 9,963% para 9,920%. A taxa do DI para janeiro de 2029 cedeu de 10,387% para 10,355%.
Segundo Cruz, alguns fatores domésticos também podem ter favorecido o viés de baixa dos juros. Ele cita notícias desta semana que mostraram o desligamento de mais de 800 mil beneficiários do programa Bolsa Família após um pente-fino feito pelo governo como um dos pontos que tendem a beneficiar as taxas.
“Nós vimos notícias surpreendentes do governo falando em algum corte de gastos, há quanto tempo isso não acontecia? Cortar gastos, passar um pente fino nos programas sociais, isso é algo que favorece os juros”, diz o estrategista.
No cenário doméstico, o destaque ficou novamente com o imbróglio da medida provisória (MP) da reoneração gradual da folha de pagamentos, que opõe governo e Congresso. Um documento divulgado hoje pela Fazenda afirma que a MP é uma alternativa à judicialização da desoneração. Segundo o texto, a medida levaria a uma renúncia de R$ 5,6 bilhões, contra R$ 12,3 bilhões no caso do modelo atual.
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O Tesouro vendeu hoje, em leilão, lote integral de 7 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN), com volume financeiro de R$ 5,119 bilhões, e de 2 milhões de Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F), com volume financeiro de R$ 1,942 milhão.