O Citi considera que o compromisso de um grande acionista do Magazine Luiza (MGLU3), o BTG Pactual (BPAC11), em injetar capital na varejista é um sinal positivo, especialmente em um contexto de taxas de juro elevadas e de concorrência desafiadora. A análise ocorre após Magalu dizer, em fato relevante, que fará um aumento de capital que pode chegar a R$ 1,25 bilhão.
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O banco destaca ainda que a administração da companhia reiterou a “sólida liquidez” da empresa (R$ 8 bilhões de caixa + reconciliação de cartão de crédito no terceiro trimestre de 2023). “Portanto, a mensagem é de que o aumento de capital deve ser visto como ‘combustível extra’ e não como uma urgência”, afirma o analista João Pedro Soares, em relatório enviado a clientes.
O Citi estima que o múltiplo dívida líquida por Ebitda caia de 1,9 vez para 1,3 vez. Além disso, “com foco renovado na lucratividade, o Magalu deve expandir a margem Ebitda (atualmente em 6-7%) e diluir ainda mais as despesas financeiras (entendemos que a meta é que as despesas financeiras representem menos do que 50% do Ebitda pós IFRS 16)”, pondera Soares.
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O aumento de capital divulgado pelo Magalu contempla a subscrição privada de 641 milhões de ações ordinárias ao preço de emissão de R$ 1,95, totalizando R$ 1,25 bilhão. O preço de emissão foi baseado no VWAP (preço médio) de sexta-feira, 26, + 5% de desconto.
Os acionistas controladores garantiram a subscrição de até R$ 1 bilhão por meio da celebração de “determinados contratos e acordos de derivativos” com o BTG Pactual. O BTG também garantiu subscrições de até R$ 250 milhões.
“O aumento de capital visa acelerar os investimentos em tecnologia, incluindo a expansão do Luizalabs. A empresa também acrescentou que planeja desenvolver ainda mais a plataforma de mercado (por exemplo, UX, anúncios, fintech, atendimento) e serviços em nuvem. A empresa também planeja otimizar a estrutura de capital”, diz o analista.
O Citi reitera recomendação de compra/alto risco para a ação ordinária do Magalu. O preço-alvo de R$ 3,40 representa um potencial de valorização de 63,5% sobre o último fechamento.
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