O Itaú BBA informou, em relatório, a mudança de preço-alvo para as ações de Ambev (ABEV3), de R$ 17 para R$ 15 ao final de 2024. A recomendação neutra foi reiterada. “Mantemos nossa postura cautelosa no curto prazo, mas reconhecemos que diversas questões não operacionais já foram precificadas na tese de investimento da companhia nos últimos 18 meses”, aponta o texto.
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A atualização das estimativas levou em conta uma abordagem mais conservadora sobre subvenções fiscais, incluindo as alterações nas regras de juros sobre o capital próprio (JCP) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Também foi levada em conta a dinâmica econômica na Argentina, afirmam os analistas do BBA.
O novo entendimento do JCP deve gerar um impacto negativo de 15% em nossa previsão de lucro por ação em 2024; e as subvenções de ICMS na base tributária devem ter impacto negativo de 7% no lucro por ação, estima o BBA.
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Contudo, a Ambev deve se beneficiar de uma tendência de custos benigna, após 14 anos de custos unitários sequencialmente mais altos. A expectativa do BBA é de uma expansão de margem no nível mais forte da recente história da companhia. “Esperamos que a Ambev repasse preços próximos da inflação, buscando capturar o spread da deflação de custos e convertê-lo em lucratividade”, dizem os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto, Daniel Sasson e Larissa Pérez.
Sobre o múltiplo preço sobre lucro (P/L) da Ambev, o relatório aponta queda de 25 vezes para 15 vezes nos últimos três anos. Para 2024 e 2025, a casa enxerga a ação sendo negociada com P/L de 15 e 14 vezes, respectivamente.