O mercado financeiro apresenta muitos conceitos próprios que podem ser de difícil compreensão para quem está começando na área. No universo da renda variável, uma das operações que gera dúvidas sobre o seu funcionamento e significado é a subscrição de ações, que representa um direito dos investidores.
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Quando uma empresa decide expandir seu capital social e emitir novas ações na Bolsa de Valores, ela deve comunicar aos seus atuais acionistas as mudanças geradas com a operação. Além disso, precisa dar preferência para esses investidores na compra de novos papéis.
Esse é o direito de subscrição. Ele nasce a partir do entendimento de que, com a emissão de novos valores mobiliários, a participação dos investidores é diluída. Dessa forma, o benefício assegura, basicamente, aos atuais acionistas de uma companhia o direito de adquirir, com preferência, novas ações emitidas por ela na mesma proporção da posição que já detém.
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Para exemplificar, é possível imaginar a situação de um investidor que possui 0,5% das ações de uma empresa. Se essa companhia decidir fazer mais uma captação de recursos no mercado, emitindo mais papéis, o investidor terá o direito de preferência na compra de 0,5% das novas ações. Com isso, ele tem a possibilidade de manter inalterada a sua participação no capital da empresa.
Vale lembrar, contudo, que a subscrição não é uma obrigação do acionista. Desse modo, se o investidor optar por não exercer o seu direito de preferência, ele aceita que sua participação acionária na empresa seja menor.
Ao decidir ofertar novas ações, a empresa sempre deve informar esse evento aos seus acionistas. Em uma situação como essa, ela dirá o percentual de aumento de seu capital e o número de novos papéis que serão lançados, assim como o preço para a subscrição.
Também é divulgado um cronograma com datas para o exercício do direito de subscrição e para negociações na Bolsa de Valores. Se o acionista desejar exercer o direito, ele deve expressar essa vontade e entrar em contato com a sua corretora até o período indicado pela companhia.
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No entanto, caso o investidor decida por não comprar novas ações, ele poderá vender o seu direito de compra. Isso porque é possível negociar o direito de subscrição na Bolsa dentro do seu tempo de validade, geralmente de 30 dias. Quem compra esse direito, ganha a opção de adquirir a ação desejada antes de ser ofertada no mercado.