Em sua carta mensal para os investidores, divulgada nesta terça-feira (6), os analistas da Santander Asset adotaram posicionamento neutro no Ibovespa com viés negativo para as Bolsas globais em fevereiro.
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Os especialistas comentam que a estimativa pessimista acontece após a frustração das expectativas de corte de juros do banco central americano, o Federal Reserve (FED). O mercado acreditava que o Fed iria começar o corte de juros em março.
No entanto, o próprio presidente do Fed disse que o corte não será na próxima reunião e que é necessário ver mais sinais da economia americana para definir quando as reduções devem terminar.
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Com juros elevados, os investidores internacionais preferem manter o dinheiro alocado na renda fixa americana, o que retira aportes da renda variável de Wall Street e até mesmo do Brasil.
Para a economia brasileira, os analistas esperam que o PIB fique de lado ou recue marginalmente no último trimestre de 2023, de forma compatível com a desaceleração econômica esperada. “A dinâmica do primeiro semestre deste ano deve ser fraca, com alguma recuperação ocorrendo somente no segundo semestre. Para o ano, mantemos a projeção de expansão de 1,5% do PIB”, explicam os analistas.
Já para o IPCA, eles acreditam que a tendência continua positiva, com desaceleração das medidas de núcleo. “Assim, nossa expectativa segue a mesma: inflação mais baixa em 2024 (projeção de 3,7%) com melhora gradual na qualidade das medidas de núcleo”, comentam.
Por fim, eles elogiaram os cortes de juros feito pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que na última reunião reduziu a Selic de 11,75% para 11,25%. Os analistas da Santander Asset estimam que a Selic deve encerrar o ano em 9,5%. Mesmo com esse otimismo de inflação e juros, os especialistas continuam neutros com a Bolsa brasileira em fevereiro.
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“Na Bolsa local, seguimos com posicionamento neutro. Apesar do Ibovespa seguir com precificação atrativa, no curto prazo o índice tende a ser impactado pela evolução do cenário internacional e pelo apetite dos investidores por ativos de risco”, concluem os analistas do Santander.