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O Bradesco BBI aumentou o preço-alvo da Rumo (RAIL3) de R$ 28 para R$ 29 devido uma previsão de lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) para 2024 melhor que a esperada pela casa. A companhia divulgou na última quinta-feira (8), o guidance (números divulgados por uma empresa que ajudam a prever os resultados futuros) para este ano.
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A Rumo estima que o Ebitda fique entre R$ 7,2 bilhões e R$ 7,7 bilhões, uma alta anual de 34% e 2% acima do previsto pelo Bradesco BBI, que apostava em cerca de R$ 6,9 bilhões devido a “preços e volumes mais conservadores de frete ferroviário”.
“O novo guidance parece incorporar o efeito dos contratos take-or-pay (espécie de garantia de consumo mínimo), o que deverá mitigar o risco de uma falha na colheita de cereais este ano. A Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab) reduziu suas estimativas de produção de soja e milho para as regiões atendidas pela Rumo para uma base 8% menor que a do ano anterior”, escrevem os analistas Victor Mizusaki, Andre Ferreira e Gabriel Pinho.
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Apesar do guidance positivo de Ebitda para 2024, os analistas ponderam que “o cenário atual para grãos pode resultar em redução no frete rodoviário ao longo do ano”. Caso este cenário se concretize, dizem, a Rumo poderá enfrentar dificuldades para negociar outro aumento no preço do frete de materiais para os contratos take-or-pay de 2025, “à medida que o Arco Norte se tornar mais competitivo”.
Além da previsão do Ebitda, a Rumo divulgou ontem que espera que os volumes atinjam de 81 bilhões a 84 bilhões toneladas por quilômetro útil (TKU) em 2024, 7% acima do resultado de 2023. Nesse caso, a estimativa é 1% menor que a do Bradesco BBI. Já os investimentos (capex) devem ficar entre R$ 5,3 bilhões e R$ 5,8 bilhões, aumento de 50% ano contra ano e em linha com o que previa a casa.
O preço-alvo para Rumo, de R$ 29, representa potencial valorização de 23,14% sobre o fechamento de ontem.
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