O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, defendeu que haja um tratamento para retirar os custos adicionais que deixam as contas de luz mais caras no País.
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Segundo ele, o tema já tem sido observado tanto pela agência reguladora, quanto pelo governo, e deve receber algum tratamento para aliviar o preço final da eletricidade no País numa transição energética barata e limpa. Feitosa comentou, ainda, que esse assunto tem aparecido em todas as conversas com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. “Tenho confiança de que esses temas serão tratados pelo governo. Precisamos retirar custos que fazem parte da cadeia da energia elétrica”, comentou ao mencionar o efeito dos subsídios que ajudam a encarecer as tarifas.
O diretor-geral da Aneel comentou também que é preciso fazer uma reordenação legal e regulatória para alcançar essa redução no custo final do insumo. “Temos hoje uma capacidade para gerar energia muito competitiva, muito barata, mas entre a produção de energia e a tomada do consumidor tem muita coisa ali que faz com que nossa tarifa seja muito elevada”, afirmou durante evento promovido pela Folha de SP.
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Quanto aos subsídios que encarecem a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), rateada entre todos os consumidores do mercado cativo, ele pontuou que o custo de energia tem efeitos inclusive na desindustrialização do País. “Sim, o custo de energia elétrica faz parte desse componente de custos, que pode incentivar ou desincentivar a nossa indústria a ser o que já foi”.
Sandoval Feitosa também defendeu que seja feita uma rediscussão dos subsídios embutidos na energia elétrica, inclusive revendo discussões atuais que podem gerar novos impactos.