O Citi recomenda cautela aos investidores do setor elétrico diante do recente movimento de alta nos preços de médio e longo prazo. Embora reconheça que as chances de melhora no cenário hidrológico são “menores a cada dia”, a instituição financeira lembra que ainda faltam alguns meses de período úmido e que só então haverá uma visão mais clara das condições de geração de energia elétrica ao longo do ano.
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“Ainda temos meses pela frente (na época das chuvas). As coisas podem mudar se as ‘Águas de Março’ forem intensas. Não achamos que voltarão ao cenário que tínhamos até setembro (de ‘preços baixos de energia para sempre’), mas as condições ainda poderão melhorar para aqueles que estão em short (ganham com a queda dos ativos)”, avaliou o analista Antonio Junqueira.
Na visão dele, é compreensível que a comunidade geral de investidores ainda sinta que a atual curva de preços – medida pela consultoria Dcide e pelo Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) – seja “insustentável” ou vista com “muitas desvantagens” diante do excesso de capacidade no mercado, considerando níveis normais de hidrologia.
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Mas à medida que o período úmido avança, a gestão de riscos pode ser tornar um “problema sério”, o que pode justificar o rápido aumento na curva dos preços da energia. Para analista, o movimento foi provavelmente influenciado pela gestão de risco daqueles que estavam descobertos (short). “Mas isso não significa que o movimento esteja totalmente concluído. Seria necessário conhecer todas as posições abertas de todos os players”, completa.
O analista afirma ainda que o Citi mantém a visão de que a Eletrobras (ELET3) é um agente interessante, assim como a Copel (CPLE6) e a Eneva (ENEV3), neste contexto.