O Citi rebaixou a recomendação do Magazine Luiza (MGLU3) de compra/alto risco para neutra/alto risco e cortou o preço-alvo de R$ 3,38 para R$ 2,50. O rebaixamento ocorre em termos de valuation (valor do ativo) e considera que a varejista deve ter um crescimento mais moderado no médio prazo, especialmente para mercadorias próprias (1P) online, que corresponde a 45% das vendas, apesar do crescimento do marketplace (3P).
O preço-alvo de R$ 2,50 representa um potencial de alta de 19,6% sobre o fechamento da última segunda-feira (19), mas não é o suficiente para manter a recomendação de compra, segundo o banco, que vê a ação ordinária do Magalu sendo negociada a 81 vezes e 20 vezes na relação preço sobre lucro (P/E) esperado para 2024 e 2025, o que “não é atraente dado o perfil de crescimento de médio prazo da empresa agora”, na visão do Citi.
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“Ainda vemos Magalu como o player omni líder no segmento de eletrônicos de consumo/eletrodomésticos, com espaço para consolidação. Ficaremos mais otimistas se a empresa acelerar os ganhos de participação no mercado e a demanda melhorar em um ritmo mais rápido”, afirmam João Pedro Soares e Felipe Reboredo.
Os analistas conversaram recentemente com a administração do Magalu para compreender melhor as prioridades da empresa em um cenário de queda da taxa de juros e de mudança no cenário corporativo, saindo com uma percepção positiva sobre o foco renovado nas margens e na desalavancagem.
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O Citi espera que a maior disciplina de capital e a captação de R$ 1,25 bilhão devem ajudar a conter despesas financeiras, estimando que a dívida líquida por Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caia para 1 vez em 2024, ante 1,9 vez no terceiro trimestre de 2023.