O Santander reitera visão pessimista para o Nubank (ROXO34) após o balanço do quarto trimestre de 2023, que, apesar de trazer notícias positivas provenientes dos créditos não performados (NPLs), novamente mostrou problemas antigos, na visão do banco.
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Dentre os pontos negativos, o banco destaca: diminuição da margem financeira líquida (NIM); aumento sequencial da carteira renegociada em porcentagem do total (majoritariamente proveniente de créditos vencidos de muito curto prazo; e aumento da inadimplência na carteira renegociada); originação de crédito consignado de R$ 1,0 bilhão no quarto trimestre de 2023; depósitos crescendo abaixo da expansão da carteira (apesar do benefício do ramp-up do México); e redução trimestral nas provisões (mesmo que a originação de crédito esteja em nova máxima).
“Mantemos nossa visão pessimista em relação ao Nubank, e as questões destacadas acima podem trazer dúvidas até mesmo para os bulls (otimistas). Durante o aftermarket, o NU caiu perto de 9%, mas estava em tendência de recuperação. Continuamos achando a ação pouco atraente negociada em 29 vezes o Preço por Lucro (P/E) esperado para 2024 e em 6 vezes o Preço por Valor Patrimonial (P/BV) esperado para 2024”, afirmam os analistas Henrique Navarro, Arnon Shirazi, e Anahy Rios, em relatório enviado a clientes.
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Em relação à qualidade dos ativos, único ponto elogiado pelo Santander, o NPL acima de 90 dias ficou estável em relação ao terceiro trimestre de 2023, em 6,1%, abaixo da expectativa do banco de 6,3%. Além disso, o NPL de curto prazo melhorou 10 pontos-base, para 4,1%.
Por outro lado, os empréstimos renegociados em carteira encerraram o trimestre em US$ 1,6 bilhão ou 9,6% do total de empréstimos brasileiros (ante 7,4% no quarto trimestre de 2022). “O que é mais intrigante é que 54% desses empréstimos foram renegociados quando estavam vencidos de 1 a 15 dias”, pontuam os analistas.