O Bradesco BBI avalia que deve haver um ajuste nos preços das ações da Ambev (ABEV3) nesta quinta-feira (29), visto que o Ebitda consolidado da fabricante de bebidas, de cerca de R$ 7,2 bilhões no quarto trimestre de 2023, ficou 6% aquém do esperado pelo mercado, com a divisão da América Latina (LAS) sendo o principal destaque negativo.
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“A divisão LAS foi o destaque negativo do quarto trimestre de 2023, com Ebitda 34% abaixo do esperado, impactado principalmente pelas operações na Argentina”, afirmam os analistas Leandro Fontanesi, e Pedro Fontana, em relatório enviado a clientes.
No Brasil, os volumes consolidados de cerveja caíram 1% ano a ano, como esperado, com a Ambev crescendo os volumes na categoria premium em meados da década de 20, embora os volumes no segmento core tenham caído na casa de um dígito, destaca o BBI.
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Além disso, a Ambev projeta que o custo dos produtos vendidos por hectolitro (CPV/hl), excluindo depreciação e amortização, para seu negócio de cervejas no Brasil diminua entre 0,5% e 3,0% no ano de 2024. Na visão do BBI, a projeção implica uma melhora de margem Ebitda entre 0,8 ponto porcentual e 2 pontos porcentuais em 2024, sendo que o mercado espera uma melhora na margem de 2 pontos porcentuais.
“Os preços das ações da Ambev subiram 4% esta semana em antecipação aos resultados do balanço do quarto trimestre de 2023. Dados os resultados abaixo do consenso e os números de consenso no topo do guidance da empresa para CPV/hl à vista em 2024, acreditamos que pode haver uma correção no preço das ações hoje”, ponderam os analistas.
O BBI, contudo, reitera recomendação outperform (equivalente a compra) para Ambev, com preço-alvo para o fim de 2024 em R$ 21,00, o que representa um potencial de valorização de 56% sobre o fechamento de quarta-feira, 28