As primeiras horas de negociação desta semana são, em sua maioria, negativas para os mercados internacionais, com as principais bolsas da Europa e os índices futuros de Nova York exibindo perdas.
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Ao que tudo indica, após os dados mistos revelados na última sexta-feira pelo relatório de empregos dos Estados Unidos em fevereiro, o payroll, os investidores adotaram uma postura um pouco mais cautelosa sobre o início do processo de queda de juros na maior economia do mundo e estão agora à espera dos dados da inflação por lá nos próximos dias.
Enquanto isso, do outro lado do mundo, nem mesmo o fato de o Governo da China ter prometido, no sábado, apoiar incorporadoras imobiliárias em dificuldade com “financiamento razoável” e o ministro dos recursos humanos do país, Wang Xiaoping, dizer que as autoridades reforçarão o apoio político para melhorar o emprego dos jovens e ajudar pequenas empresas privadas, foi suficiente para conter o ceticismo nos mercados – os preços futuros do minério de ferro, por exemplo, chegaram a cair mais de 7%, refletindo as expectativas sobre a demanda decepcionante, deixando o mercado sobrecarregado com estoques crescentes.
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Para completar o cenário, o dólar opera perto da estabilidade ante outras moedas fortes, enquanto os contratos futuros do petróleo passaram a subir moderadamente, em meio a riscos geopolíticos ligados ao conflito no Oriente Médio.
Por aqui, em dia de agenda econômica mais fraca, as perdas vistas no exterior também devem pesar sobre o comportamento dos ativos locais. A Petrobras segue em foco, em função da reunião do CEO da companhia, Jean Paul Prates, com o Presidente Luis Inácio Lula da Silva, à tarde, depois das notícias de que integrantes da equipe econômica teriam defendido o pagamento de dividendos extraordinários em conversas com o presidente da estatal, na semana passada, o que ajudaria o Ministério da Fazenda no esforço fiscal ligado à meta de déficit zero.
Agenda econômica 11/03:
Brasil: O IPCA de fevereiro sai amanhã, junto com o boletim Focus, do Banco Central. O Caged de janeiro será publicado na quarta-feira, a pesquisa de varejo restrito e ampliado e os dados de fluxo cambial, na quinta-feira e o volume de serviços, na sexta-feira. Hoje, saíram as primeiras prévias de março do IGP-M e IPC-S (8h).
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Entre os eventos do dia, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebe o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney (11h), as novas diretoras do IBGE de Pesquisas (DPE), Elizabeth Belo Hypolito, e de Geociências (DGC), Ivone Lopes Batista, tomam posse (10h), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cumpre agendas relativas às reuniões bimestrais do BIS, na Suíça, e o diretor de Administração da instituição, Rodrigo Alves Teixeira, tem reunião, por videoconferência, com representantes do Sindicato dos Funcionários, entre outros (11h).
O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, concede entrevista à Imprensa (11h) e participa de
evento com o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (18h45).
EUA: As leituras de fevereiro da inflação ao consumidor (CPI), na terça-feira, e ao produtor (PPI), na quinta-feira, são os destaques da semana. Também estão programados indicadores de vendas no varejo na quinta-feira, além da produção industrial, sentimento do consumidor e expectativas de inflação, todos na sexta-feira.
Europa: Estão previstos os dados da inflação ao consumidor (CPI) de fevereiro da Alemanha, na terça-
feira, além da produção industrial da zona do euro e do Reino Unido, além do PIB do G20 do quarto trimestre, na quarta-feira. Vários dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE) participam de eventos ao longo da semana. Hoje, Ministros de finanças da zona euro têm reunião do Eurogrupo (11h) e a dirigente do Banco da Inglaterra (BoE), Catherine Mann, estará em evento no Reino Unido (14h50).
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