O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA injetou volatilidade nos mercados internacionais e provocou leve redução nas apostas de corte dos juros americanos para junho. Nesta manhã, o CPI mostrou alta de 3,2% no comparativo anual, levemente acima do consenso que esperava avanço de 3,1%. Já o núcleo do CPI, que exclui preços voláteis de alimentos e energia avançou 3,8% em base anual, também um pouco acima dos 3,7% esperados pelo consenso.
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A leitura mostra que o processo de desinflação americano está estagnado, sustentando a visão de que o mercado pode estar superestimando o potencial de cortes de juros pelo FED, enquanto a inflação ainda permanece acima da meta de 2% do banco central americano. Neste sentido, os rendimentos dos Treasuries operavam em alta no início da tarde, com dólar se valorizando em escala global. Já nas bolsas, os índices de Nova York operavam em alta firme, em meio a resultados e notícias corporativas, além da visão de “copo meio cheio” de que o núcleo do CPI perdeu força, apesar de ter ficado acima da expectativa.
Por aqui, a recuperação das ações da Petrobras – após duas sessões consecutivas de queda – e da Vale, favorecem o avanço do Ibovespa, apesar do viés de alta observado ao longo da curva de juros a termo do país. Às 13h40, o principal índice da B3 subia 1,25% aos 127.698 pontos, com avanço do dólar frente ao real de 0,12%, cotado a R$ 4,98. Na agenda doméstica, o IPCA apresentou alta de 0,83% em fevereiro, acima da expectativa do consenso de avanço de 0,78% – No entanto, o dado acumulado em 12 meses e o indicador de difusão, contudo, arrefeceram, fortalecendo a avaliação de que a inflação brasileira está sob controle.
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