As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) têm um dia positivo na Bolsa de Valores brasileira nesta terça-feira (12). Às 14h37, os papéis ordinários (PETR3) sobem 2,87%, a R$ 37,31, enquanto os preferenciais (PETR4) têm alta de 3,25%, a R$ 36,81. O movimento tenta corrigir parte das perdas acumuladas pelos ativos desde que a empresa anuncio que não irá pagar dividendos extraordinários.
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Com perdas em torno de 10%, a estatal passou na última sexta-feira (8) pelo seu pior pregão desde 22 de fevereiro de 2021, no caso das ações ordinárias (PETR3), e desde outubro de 2022 para as preferenciais (PETR4), segundo levantamento feito por Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria.
A tensão continuou na segunda-feira (11) com a reunião de Lula com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Integrantes da equipe econômica do governo defendem que o pagamento dos proventos pode auxiliar no esforço para cumprir a meta de déficit zero, visto que a União é o principal acionista da petrolífera.
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Uma entrevista de Lula ao SBT, veiculada na segunda-feira, também movimentou o mercado. Na ocasião, o presidente destacou que a Petrobras não pode pensar apenas em seus acionistas e precisa levar em consideração os mais de 200 milhões de brasileiros. Também comentou que não é possível atender apenas à “choradeira” dos investidores e afirmou que o mercado é um “rinoceronte, um dinossauro voraz, que quer tudo para ele e nada para o povo”.
As falas de Lula apagaram os ganhos que as ações da petroleira tentavam conseguir na véspera. Ao final do último pregão da B3, os papéis ordinários terminaram o dia em queda de 1,92%, a R$ 36,27, enquanto os preferenciais fecharam em baixa de 1,30%, sendo negociados a R$ 35,65.
No entanto, na noite de segunda, os ministros da Fazenda e de Minas e Energia, Fernando Haddad e Alexandre Silveira, confirmaram que a petroleira pode revisar a decisão de não pagar proventos extraordinários, após reunião com participação de Lula e Prates, além de diretores da estatal e do ministro Rui Costa, da Casa Civil.