A Eneva (ENEV3), empresa integrada de energia, registrou prejuízo líquido de R$ 290,6 milhões no quarto trimestre de 2023, 49,9% maior que o prejuízo registrado no mesmo período de 2022, de R$ 193,9 milhões.
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O resultado se deve a uma baixa contábil de R$ 430 milhões, que reverteu o lucro da operação no período, mas sem repercussão no caixa da companhia, disse ao Broadcast o diretor Financeiro da Eneva, Marcelo Habibe.
O efeito contábil, detalhou o executivo, tem a ver com a troca de dívidas em valores superiores a R$ 5 bilhões e ligadas à compra da termelétrica Celse (SE), realizada no ano passado. “Pré-pagamos esse montante e emitimos R$ 5 bilhões em dívidas novas no mercado.
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Com isso barateamos e alongamos a dívida no todo, o que traz mais flexibilidade para planos futuros”, disse. A receita operacional líquida da companhia no quarto trimestre de 2023 alcançou R$ 2,728 bilhões entre outubro e dezembro, montante 17,6% maior se comparado com os R$ 2,319 bilhões registrados no quarto trimestre de 2022.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado alcançou R$ 1,053 bilhão nos últimos três meses do ano passado, o que significa alta de 88,6% na comparação com igual intervalo de 2022.
A margem Ebitda ajustada ficou em 38,6%, 14,5 pontos porcentuais acima do verificado um ano antes. Ainda segundo Habibe, as principais contribuições para esse Ebitda vieram da operação da Celse (R$ 338 milhões); do complexo de termelétricas (R$ 310 milhões); das usinas a carvão (R$ 116 milhões); e da termelétrica Jaguatirica, que gera energia para o sistema isolado de Roraima (R$ 87 milhões).
O restante tem fontes diversas, entre elas o complexo de geração fotovoltaica Futura I. A dívida líquida da companhia estava em R$ 17,108 bilhões no fim de 2023, alta de 3,2% sobre um ano antes.
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Com isso, a relação entre dívida líquida e Ebitda dos 12 meses até o fim de dezembro passou a 3,99 vezes, ante alavancagem de 4,82 vezes verificada no último trimestre de 2022.
No acumulado de 2023, a Eneva registrou lucro líquido de R$ 217,7 milhões, baixa de 42,1% na comparação com o verificado em 2022, quando a empresa lucrou R$ 375,8 milhões.
A receita líquida total de 2023 foi de R$ 10,090 bilhões, 64,7% maior que os R$ 6,128 bilhões apurados em todo ano de 2022.
O Ebitda de 2023 foi de R$ 4,313 bilhões, 100,6% maior que o de 2022 (R$ 2,150 bilhões).
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