A parcela de investidores que planejam aumentar a exposição à renda variável saiu de 56% em fevereiro para 57% em março, variação pequena, mas que segue aumentando desde janeiro (55%). O dado consta de pesquisa mensal feita com assessores da XP e assessores independentes filiados à empresa, realizada de 4 a 10 de março, com 138 respostas, e divulgada nesta segunda-feira (18) em primeira mão ao Broadcast Investimentos.
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Embora a classe de fundos imobiliários (FIIs) ainda seja a de maior atratividade entre os clientes (com 65% em março), a porcentagem de interessados nas classes de renda fixa e renda variável se igualou neste mês. A opção “Tesouro e renda fixa” teve uma redução de 65% para 59%, enquanto “ações” perdeu um pouco menos, de 63% para 59%.
Destaque ainda para o salto no interesse pelas classes de investimentos internacionais, de 23% para 33%, e de criptoativos, de 7% para 20%. Dentro da parcela de exposição ao exterior os ativos mais procurados são bonds (45%), ações internacionais (44%), ETFs (43%), dólar (31%) e fundos internacionais (26%).
Assessores seguem otimistas com a Bolsa
A pesquisa da XP indica que o sentimento dos assessores em relação à Bolsa brasileira ficou praticamente estável em março, com 76% (ante 77% em fevereiro) dando nota 7 ou maior (numa escala de 0 a 10) ao otimismo. No entanto, a média das respostas foi de 7,3, superior à nota média de 6,9 da pesquisa anterior.
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Em março, a maioria (43%) dos assessores indicou novamente que o Ibovespa deverá encerrar 2024 entre 130 mil e 140 mil pontos. A média das respostas passou a indicar o índice em 138 mil pontos ao fim do ano, acima da estimativa de 136 mil pontos na pesquisa de fevereiro.
Ainda, a parcela de assessores que apontou o Ibovespa abaixo dos 120 mil pontos ao fim de 2024 se reduziu em 5 pontos porcentuais, para 7%. E os que indicaram estar bastante otimistas (acima de 140 mil pontos), aumentou de 38% para 41%.
Preocupação com interferência em estatais
Por outro lado, a pesquisa da XP mostra que, entre os principais riscos para a Bolsa brasileira, a política fiscal no País continua apontada como a principal preocupação pelos assessores, embora caindo de 52% para 47%. Em março, os temas de instabilidade política (de 10% para 11%) e interferência em empresas estatais (de 1% para 7%) ganharam destaque.
Em relação aos fatores que aumentariam o apetite de risco por ações brasileiras, a pesquisa mostra que o principal continua sendo os cortes de juros mais agressivos no Brasil (de 51% para 54%), seguido por redução em riscos de política fiscal (estável em 46%) e corte de juros nos Estados Unidos (de 37% para 43%).
Preferências na Bolsa brasileira
Os clientes da XP continuam preferindo os setores mais defensivos, como Elétricas & Saneamento (estável em 65%) e Financeiro (de 56% para 61%). Já o setor de Petróleo & Gás continuou em terceiro lugar, mas viu novamente sua preferência cair de 56% para 52%, conforme a pesquisa.
Por outro lado, setores mais voláteis e sensíveis aos juros, como Saúde (4%), Educação (4%), e Alimentos & Bebidas (5%) foram os menos indicados pelos assessores.
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