O Santander (SANB11) elevou a recomendação da Braskem (BRKM5) para outperform (equivalente a compra) e subiu o preço-alvo para o final de 2024 de R$ 22,50 para R$ 27,00, em uma decisão apoiada em três pilares principais: expectativa de resultados melhores em 2024, apesar de o ciclo petroquímico continuar fraco; menor fluxo de notícias sobre evento geológico de Alagoas daqui para frente; e retomada nas discussões sobre fusões e aquisições, à medida que a Adnoc termina seu due diligence e novos concorrentes entram no processo.
“Embora nossa expectativa de Ebitda para 2024 de aproximadamente US$ 1,3 bilhão esteja amplamente em linha com o consenso, acreditamos que o mercado estará cada vez mais focado no fluxo de notícias relacionadas a fusões e aquisições versus os fundamentos, que apoiam nossa visão renovada e mais otimista sobre as ações”, afirmam os analistas Rodrigo Almeida, e Eduardo Muniz, em relatório enviado a clientes.
Ambos consideram que os spreads de resina devem permanecer pressionados devido a um mercado bem abastecido, mas, ainda assim, os resultados da Braskem devem melhorar significativamente em 2024.
Tal movimento deve ser impulsionado por: melhores resultados no México, devido à maior utilização e aos preços mais baixos do etano; maiores volumes de polietileno Verde, que apresentam margens acima da média e menos voláteis; e ajustes operacionais, incluindo reduções de custos, melhorias comerciais, postergações de investimentos não essenciais e otimizações de capital de giro.
O banco cita ainda que o valuation da Braskem não está muito exigente, com múltiplos de 7,9 vezes o Valor da Empresa por Ebitda (EV/Ebitda) para 2024 e de 4,1 vezes o EV/Ebitda para 2025, enquanto o valuation histórico em ciclos de baixa é de 8,9 vezes.
O novo preço-alvo, de R$ 27,00, representa um potencial de valorização de 16,7% sobre o fechamento de terça-feira (19).