O Safra elevou o preço-alvo de Sabesp (SBSP3) de R$ 80,20 para R$ 118,90, potencial alta de 44,8% em relação ao fechamento da última terça-feira (26). A atualização reflete o novo modelo regulatório proposto no processo de privatização. A recomendação outperform (correspondente à compra) do banco para o papel foi mantida.
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“Entre as concessionárias de saneamento listadas, o processo de desestatização da Sabesp é atualmente o único lançado e com grande probabilidade de ser concluído em 2024”, ressaltam os analistas Carolina Carneiro e Mario Wobeto.
Eles relembram que o Governo do Estado de São Paulo aprovou a lei que permite a privatização, propôs um novo marco regulatório e está negociando novos contratos com municípios.
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No âmbito regulatório, a companhia recebeu aumentos tarifários em 2023, podendo haver novas alterações. Os analistas destacam que o governo paulista propôs um novo modelo, ampliando as concessões e incluindo melhorias no cálculo tarifário (melhor cobertura de custos e inclusão de juros sobre investimentos no reajuste anual, por exemplo) para atrair investidores para a privatização.
Os analistas do Safra citam potenciais riscos para a Sabesp. Entre eles, o timing e os detalhes finais dos planos de privatização e execução de cortes de custos.
Para as companhias do setor como um todo, apontam como pontos de atenção quadro regulatório desfavorável que impeça as empresas de obter os requisitos mínimos de retorno ou alterações no quadro atual que possam impactar as estimativas de fluxo de caixa; riscos políticos em meio às eleições municipais e desempenho operacional, que pode ser afetado pela hidrologia. O consumo de água depende dos reservatórios, que atualmente estão em níveis razoáveis, bem como das temperaturas, que ajudam a aumentar os volumes.