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Itaú BBA eleva preço-alvo da Sabesp (SBSP3) em 56%. Veja o motivo

Analistas também avaliam a busca do governo de SP por um investidor estratégico para a companhia de saneamento

Itaú BBA eleva preço-alvo da Sabesp (SBSP3) em 56%. Veja o motivo
Sabesp. (Foto: Estadão)

O Itaú BBA elevou o preço-alvo das ações de Sabesp (SBSP3) de R$ 83,60 para R$ 120,30. O novo valor representa potencial alta de 56% ante o fechamento desta terça-feira (19), aos R$ 77,12. A atualização incorpora o novo marco regulatório proposto no processo de consulta pública do contrato de concessão para a privatização.

“Vemos espaço para ganhos substanciais de eficiência no futuro, mas a magnitude e a velocidade das mudanças dependerão da governança futura da empresa”, escrevem os analistas Marcelo Sá, Luiza Candiota, Fillipe Andrade e Victor Cunha, em relatório.

Eles consideram que o papel ainda possui um risco-retorno atrativo. O preço-alvo implica um múltiplo valor da empresa/base de ativos regulatórios (EV/RAB) de 1,24 vez ante o múltiplo atual de 0,87 vez.

Investidor estratégico na Sabesp

Os analistas apontam que a Sabesp performou de forma pior nas últimas semanas, com o mercado mais cético quanto às chances de o Estado atrair um investidor estratégico.

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Segundo o Valor Econômico, o governo estuda realizar um leilão separado para atrair um investidor estratégico, que competiria com outros investidores estratégicos por uma participação de 15% a 20% na empresa, a um preço que poderá diferir do preço a ser pago pelos restantes investidores no processo de bookbuilding (etapa em que investidores indicam quantos papéis desejam comprar e a que preço). O argumento jurídico é que o investidor estratégico estaria sujeito a um bloqueio de cinco anos e, portanto, estaria vinculado a condições mais restritivas do que o restante.

“Vemos essa estrutura como muito positiva porque aumenta as chances de atrair um investidor estratégico, que ainda poderá fazer lances mesmo que o preço das ações suba muito”, comentam.

O risco sem essa estrutura é a possibilidade dos investidores restantes se tornarem excessivamente otimistas quanto à possibilidade de uma oferta por um bom investidor estratégico, levando o preço das ações a um nível em que não faria mais sentido para o investidor estratégico fazer uma oferta, repetindo o resultado da privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6).

“Dito isto, muitos investidores com quem falamos ao longo das últimas semanas acreditam que, por razões legais, não será possível definir um preço diferente para o investidor estratégico e para o resto do mercado”, destaca a equipe do Itaú BBA.

Estrutura empresarial

Os analistas acrescentam que o governo do Estado de São Paulo está fazendo um esforço conjunto para atrair um investidor estratégico, dado o enorme desafio de universalizar o serviço. No entanto, espera-se que o negócio avance sob uma estrutura corporativa completa, mesmo que o Estado não consiga atraí-los.

Embora não acreditem que este seja o melhor modelo, consideram que ainda assim seria positivo para a Sabesp. Isso porque assim como aconteceu com a privatização da Eletrobras, os acionistas terão a oportunidade de formar um bom Conselho de Administração que definirá a nova estratégia da empresa e eventuais mudanças a serem implementadas. “Vemos um potencial de valorização significativo em um investidor estratégico ou numa estrutura empresarial completa”, finalizam.