O cobre fechou sem direção nesta quarta-feira (27), refletindo leve recuperação, após baixa generalizada de metais básicos. Analistas apontam que há frustração com indicadores de demanda da China, apesar de melhora “gradual” do lucro industrial do país no primeiro bimestre de 2024.
Leia também
O cobre para maio fechou em queda 0,21%, a US$ 4,0000 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Às 14h30 (de Brasília), o cobre para três meses subia 0,11%, a US$ 8.873,00 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).
Antes de se recuperar no início da tarde, o complexo de metais básicos operou no vermelho durante a maior parte do pregão, apontando reversão nas expectativas de demanda. “Essa mudança corrobora nossa opinião de que as expectativas de demanda da China se tornaram excessivamente otimistas, em uma mudança notável e brusca em comparação a leitura pessimista de fevereiro”, aponta o banco de investimentos.
Este cenário pesou inclusive sobre o cobre, apesar de fundamentos que poderiam apoiar alta significativa do metal, como o aperto da oferta. “O cobre terá o seu momento para brilhar, mas não agora”, projeta o TD Securities.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O pessimismo também colocou em segundo plano dados da indústria da China melhores que o esperado. Segundo o escritório de estatísticas chinês, conhecido como NBS, o lucro industrial avançou 10,2% em janeiro e fevereiro, em comparação ao mesmo período do ano passado. A melhora “gradual”, no entanto, não diminui a necessidade de mais “políticas de apoio para sustentar a dinâmica e a recuperação” da indústria chinesa, avalia o ING, em relatório.
Ainda no radar, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, criticou o que vê como estratégia do governo da China de produzir em excesso bens de energia limpa, inundando mercados globais de produtos com preços deprimidos e impedindo uma competição justa.
Entre outros metais negociados na LME, no horário acima, a tonelada do alumínio operava estável a US$ 2.300,00; a do chumbo recuava 0,64%, a US$ 2.003,00; a do níquel cedia 0,21%, a US$ 16.620,00; a do estanho subia 0,13%, a US$ 27.535,00; e a do zinco tinha alta leve de 0,08%, a US$ 2.442,00.