A divulgação do RTI de março, seguida da entrevista do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, concentra as atenções nesta quinta-feira (28), último dia útil do mês e do primeiro trimestre para os mercados.
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Ainda será divulgada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do trimestre até fevereiro. Nos EUA saem os dados finais do Produto Interno Bruto (PIB) e Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) trimestrais, além da pesquisa da Universidade de Michigan sobre a confiança e as expectativas de inflação dos consumidores.
Os mercados americanos operam em compasso de espera pela divulgação dos dados finais do PIB e PCE trimestrais dos EUA, além da pesquisa da Universidade de Michigan sobre a confiançado consumidor.
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O movimento ainda reflete a expectativa pelo índice de inflação preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o PCE mensal, nesta sexta-feira (29), além do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell. Tudo será acompanhado com afinco pelos investidores, que buscam sinais sobre o início do corte dos juros nos EUA.
Nessa quarta-feira (27), diretor do banco central americano Christopher Waller disse não ter pressa de começar a reduzir juros, e que quer ver pelo menos mais dois meses de dados para avaliar se a hora chegou.
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e o dólar ante outras moedas fortes sobem na esteira da fala de Waller, enquanto a maioria dos índices futuros de ações cede marginalmente. A libra ainda sente a confirmação de que o Reino Unido entrou em recessão no fim do ano passado.
A despeito disso, da inesperada queda nas vendas do setor varejista da Alemanha em fevereiro e do tombo de 65% das ações do Casino, as bolsas europeias sobem em sua maioria, estendendo ganhos de ontem, no último pregão da semana antes do feriado da Sexta-feira Santa.
No Brasil
O viés negativo dos índices futuros de ações em Nova York e mais uma queda do minério de ferro em Dalian, na China, de 0,85% podem penalizar o Ibovespa. Isso, antes da divulgação dos dados dos EUA e do RTI, bem como da entrevista do presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre o relatório.
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Em contrapartida, a alta do petróleo pode atenuar eventual recuo do Índice Bovespa, mas sem forças para impedir uma desvalorização no primeiro trimestre. Até ontem, essa queda era de 3,04% e de 1,03% em março. Ao mesmo tempo, o investidor avalia vários balanços de empresas do quarto trimestre.
No câmbio, o dólar forte no exterior pode pesar em dia ainda de formação da última Ptax do mês. Ao mesmo tempo, a alta dos rendimentos dos Treasuries tende a influenciar os juros futuros, que ainda monitoram eventuais sinais no RTI e de Campos Neto sobre a Selic terminal. Isso porque tem aumentado o debate sobre a possibilidade de uma taxa de juro básico maior no fim do ciclo.
Nesta quarta-feira (27), após o forte Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que espera que o Banco Central não se assuste com o número de empregos gerados no Brasil, em referência a uma possível mudança no curso do afrouxamento monetário executado pela autoridade.
Os mercados ainda avaliam a notícia de que o governo formalizou, nesta quarta-feira (27), suas propostas para redução do Perse e da desoneração da folha de salários dos municípios, segundo o Valor.
Agenda
O BC divulga o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), às 8 horas, seguida de coletiva com o presidente Roberto Campos Neto (11h). O IBGE informa a taxa de desemprego do trimestre até fevereiro (9h). O Tesouro faz leilão e publica Boletim Estimativa da Carga Tributária do Governo Federal (11h).
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Nos Estados Unidos saem a última leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e os pedidos de auxílio-desemprego, às 9h30. A Universidade de Michigan informa a pesquisa que mede o sentimento e as expectativas de inflação dos consumidores (11h).