Os EUA criaram 303 mil empregos em março, superando com folga o topo das estimativas dos economistas e abrindo mais de 100 mil vagas além do consenso de mercado. Além disso, a taxa de desemprego caiu a 3,8% – vs. estimativa do consenso de 3,9% – e o reajuste anual dos salários superou as expectativas, em 4,14%. A leitura de que o emprego forte nos Estados Unidos pode levar o FED a adiar o início dos juros no país sustenta as taxas dos Treasuries em alta, bem como o dólar, e provoca um leve ajuste no quadro de apostas para o começo do afrouxamento monetário. Segundo ferramenta de monitoramento, junho ainda é a expectativa majoritária, mas aumentam as chances de manutenção, ou de que o processo fique para o segundo semestre.
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Nas bolsas, os índices de Nova York avançam amparados pela visão positiva da economia, apesar do peso de uma possível demora do relaxamento monetário. No entanto, na Europa o fechamento foi majoritariamente negativo a partir da pressão dos juros futuros.
Por aqui o cenário não é diferente do que foi observado no velho continente. Às 13h24, o Ibovespa caía 0,35% aos 126.984 pontos, com juros futuros em alta, reduzindo o apetite ao risco dos investidores e afetando principalmente os papéis mais sensíveis ao ciclo econômico. Já o dólar começa a tarde subindo 0,38% frente ao real – cotado a R$ 5,07 – alinhado à valorização externa e aumento do rendimento do Treasuries, de olho ainda em discursos de dirigentes do Fed e sob incertezas com o quadro fiscal interno.
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