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Itaú BBA: como a crise imobiliária da China impacta as empresas brasileiras

Demanda fraca no setor prejudica os preços do minério de ferro e do aço no mercado internacional. Veja a análise

Itaú BBA: como a crise imobiliária da China impacta as empresas brasileiras
Minério de ferro. Foto: Agliberto Lima

O Itaú BBA avaliou em um relatório divulgado na última sexta-feira (5) que a demanda fraca no setor imobiliário chinês continua sendo o fator significativo que prejudica os preços do minério de ferro e do aço.

No que diz respeito ao minério, a commodity atingiu US$ 98,3 a tonelada na sexta-feira, representando uma queda de 17% em relação ao preço registrado um mês atrás, destacou o banco. Nesta segunda-feira (8), o preço subiu.

Com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Itaú BBA apontou que as exportações de minério de ferro totalizaram 84 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2024, apresentando um aumento de 12% na comparação anual, mas uma queda de 19% em relação ao trimestre anterior, o que reforça a percepção de uma demanda mais fraca para o produto.

O aumento de 12% nas exportações de minério de ferro na comparação anual, observou o Itaú BBA, foi resultado da base mais fraca nos três primeiros meses de 2023, quando houve fortes chuvas no Brasil.

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Apesar da demanda mais fraca por minério de ferro, os níveis de produção siderúrgica continuam decentes na China, avaliou o Itaú BBA, mencionando dados da China Iron and Steel Association (CISA), uma associação que monitora cerca de 80% da produção total de aço no país.

Exploração do minério de ferro no Brasil

No Brasil, durante o primeiro trimestre de 2024, as exportações no porto de Vitória – utilizado pelo sistema sul da Vale (VALE3)– aumentaram 26% em comparação com o ano anterior. No mesmo período, o porto de Itaguaí – utilizado pela CSN (CSNA3)– registrou um aumento de 19% nos embarques.

As exportações em Goytacazes e São Luís (utilizadas para a produção de minério de ferro em Carajás) no primeiro trimestre de 2024 foram os destaques negativos para o Itaú BBA, aumentando 10% e 5%, respectivamente, em comparação com o ano anterior.