Os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) se acomodaram em baixa nesta terça-feira (9), em uma sessão de agenda econômica esvaziada na véspera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de março nos Estados Unidos. Um leilão do Tesouro dos EUA com demanda fraca chegou a mitigar o movimento, mas de forma insuficiente para puxar os retornos ao terreno positivo.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 4,742%, o da T-note de 10 anos cedia a 4,364% e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,497%.
Uma dia após terem atingido o maior nível no ano, os rendimentos aproveitaram a ausência de catalisadores macro para corrigirem eventuais excessos antes do CPI. Segundo a mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, o indicador deve apresentar um avanço de 0,3% em março ante fevereiro, o que seria um pouco abaixo da leitura anterior. Na comparação anual, por outro lado, a expectativa é por uma leve aceleração a 3,4%.
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Para o BMO Capital Markets, o dado pode se provar o mais importante evento para o direcionamento dos negócios na renda fixa nas próximas semanas. O banco de investimentos considera improvável que a divulgação seja suficiente para definir o debate sobre a quantidade de cortes de juros que serão implementadas este ano. “Mas os números da inflação poderão oferecer provas convincentes de que um corte nas taxas em 12 de junho poderá ser cedo demais”, alerta.
Também na agenda, a ata referente à mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) será divulgada amanhã à tarde. Na visão do BMO, o relatório será defasado porque não vai incorporar o CPI ou payroll de março. “No entanto, os dados serão levados em conta nas expectativas futuras da política monetária dos investidores, mesmo que venham com ressalvas”, avalia.
Neste ambiente, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, reforçou ao Yahoo Finance projeção de que a taxa básica será cortada apenas uma vez este ano, mas evitou descartar o risco de que o afrouxamento monetário nem ocorra em 2024.
Do lado da oferta, o Tesouro dos EUA leiloou US$ 58 bilhões em T-notes de 3 anos, em uma operação que teve juro máximo de 4,548% e inspirou demanda abaixo da média recente, de acordo com o BMO. Os retornos no mercado secundário reduziram perdas após o certame, mas não chegaram a se firmar no positivo.
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