O dólar se valorizou nesta segunda-feira (15), apoiado por certa cautela geopolítica, após o ataque do Irã no fim de semana contra Israel. Além disso, as vendas no varejo dos Estados Unidos superaram a expectativa para março, o que reforça a perspectiva de Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mais duro para conseguir conter a inflação no país.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 154,22 ienes, o euro caía a US$ 1,0628 e a libra tinha baixa a US$ 1,2447. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,16%, a 106,208 pontos, tendo atingido hoje máximas desde outubro. O iene, por sua vez, renovou mínimas em 34 anos.
Mais cedo, o BBH via o iene, o dólar e o franco suíço sob pressão, já que não havia grande busca por segurança. Pela manhã, prevalecia a interpretação de que o ataque do Irã sinalizava para algo contido, embora a postura de Israel trouxesse incerteza. Durante a sessão, declarações mais duras de Israel, com perspectiva de retaliação ao Irã, renovaram a busca por segurança nos mercados globais.
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Na agenda de indicadores, as vendas no varejo dos EUA cresceram 0,7% em março ante fevereiro, acima da previsão de alta de 0,4% dos analistas ouvidos pela FactSet. O índice de atividade industrial Empire State, do Fed de Nova York, avançou, mas ficou abaixo do esperado para abril. Após esses dados, o dólar se fortaleceu. O Citi comentou que o dado surpreendeu e, com isso, revisou em alta sua previsão para o PIB dos EUA no primeiro trimestre, de 1,7% a 2,0% na leitura anualizada.
No monitoramento do CME Group, crescia hoje a chance de postura mais dura do Fed, com corte de juros mais tarde e também menos reduções neste ano, para conseguir conter a inflação.