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Moedas globais: dólar fecha em baixa após divulgação de dados dos EUA

O euro subiu em meio a declarações do Banco Central Europeu sobre a política monetária

Moedas globais: dólar fecha em baixa após divulgação de dados dos EUA
Dólar americano (Foto: Adobe Stock)

O dólar recebeu um impulso, após a publicação de números do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), acompanhados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre nos Estados Unidos, mas não conseguiu firmar ganho no dia em geral.

O euro e a libra se valorizaram, enquanto o iene caiu, horas antes de decisão nesta madrugada do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), em meio a especulações sobre eventual intervenção de autoridades do país no câmbio. Entre emergentes, a lira turca foi apoiada após o Banco Central da Turquia manter juros, enquanto o peso argentino caiu no dia em que o BC local voltou a reduzir sua taxa básica.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 155,62 ienes, o euro avançava a US$ 1,0731 e a libra tinha alta a US$ 1,2514. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou queda de 0,24%, a 105,598 pontos.

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O PIB dos EUA cresceu 1,6% no primeiro trimestre, na leitura anualizada, abaixo da mediana de 2,4% do Projeções Broadcast, mas o PCE teve alta de 3,4%, com ganho de fôlego após a alta de 1,8% vista no quarto trimestre do ano passado. O núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, aumentou 3,7%, também acelerando ante a alta de 2,0% do trimestre anterior. O PCE é a medida de inflação preferida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e, após o dado, o dólar ganhou impulso, com analistas ponderando sobre a trajetória do Fed, mas não sustentou o movimento durante a tarde.

O euro subiu, em meio a declarações do Banco Central Europeu (BCE) sobre a política monetária. Além de publicar boletim que reafirmou a postura atual de foco em dados, entre os dirigentes Joachim Nagel disse que a transição verde deve gerar inflação, o que exigirá juros restritivos nos próximos anos, enquanto Fabio Panetta via juros ainda restritivos em 2025, mesmo com os prováveis cortes deste ano.

O dólar ainda caía a 32,4737 liras turcas, no horário citado. A moeda emergente foi apoiada após o BC da Turquia manter taxa básica de juros em 50%. Para a Capital Economics, a instituição se mantinha hawkish, apesar de potencialmente já ter chegado ao pico do ciclo atual de aperto. A consultoria acredita em cortes apenas no próximo ano, no caso turco, diante do quadro inflacionário.

Além disso, o dólar avançava a 834,1011 pesos argentinos. Segundo a imprensa local, o BC do país decidiu hoje cortar sua taxa básica em 10 pontos, a 60%. O governo local continua em busca de fundos extras, com os quais diz que conseguiria retirar controles cambiais no curto prazo.

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