O Itaú BBA revisou suas projeções para as empresas de ensino superior, com foco nas companhias Ânima (ANIM3), Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3), destacando que todas devem apresentar resultados positivos no primeiro trimestre do ano.
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Em relatório, os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini e Felipe Amâncio se dizem otimistas em relação ao potencial das empresas. Apesar das possíveis pressões sobre as margens, o banco tem recomendação outperform (equivalente a compra) para Ânima, Cogna e Yduqs, diante do valuation atrativo dos papéis. O preço-alvo é de R$ 6 para Ânima, R$ 4 para Cogna e R$ 27 para Yduqs, respectivamente. Considerando o fechamento do último pregão, os preços representam potenciais de valorização são de 72%, 86% e 78%.
Os analistas ressaltam que as projeções para o primeiro trimestre de 2024 apontam tendências mistas para o setor, com expectativa de desempenho melhorado no segmento presencial, enquanto o crescimento no aprendizado digital pode ser limitado devido a comparações desafiadoras com o ano anterior.
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Além disso, uma revisão da regulamentação do ensino à distância ressaltou a possibilidade de desafios futuros para a rentabilidade, com mudanças propostas no mínimo de atividades presenciais nos cursos digitais. Embora ainda não incorporadas aos modelos de análise, essas mudanças poderiam ter impactos significativos nas principais empresas do setor, segundo time do BBA.
Ânima
Ânima, em particular, destaca-se como a escolha principal do Itaú BBA para o setor de educação, com sua exposição limitada às mudanças regulatórias de curto prazo no ensino à distância.
Segundo o banco, uma política de preços menos agressiva deve levar a um crescimento de admissão mais moderado. O Itaú BBA projeta um crescimento de 4% nas admissões no comparativo anual, embora o crescimento da receita neste vertical deva ser impulsionado principalmente por tendências saudáveis no preço médio do tíquete.
O banco projeta uma receita líquida consolidada de R$ 1,017 milhão no trimestre, representando um aumento de 6,6% no comparativo do mesmo período do ano anterior. Em relação ao Ebitda ajustado, a instituição projeta de R$ 390 milhões – uma margem de 38,4% e aumento de 1,4 ponto porcentual no comparativo anual.
Cogna
O banco projeta uma receita líquida consolidada de R$ 1,507 milhão para Cogna, alta de 13% no comparativo anual. Despesas de marketing mais altas na Kroton provavelmente terão impacto na rentabilidade consolidada, com expectativa de que a margem Ebitda ajustado fique na casa dos 32,7% no primeiro trimestre do ano, uma queda de 1,3 ponto porcentual no comparativo anual.
Ser Educacional
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O banco vislumbra tendências positivas na linha superior para a Ser Educacional (SEER3) no primeiro trimestre, com previsão de uma receita líquida consolidada de R$ 448 milhões para o trimestre, representando um aumento de 6% no comparativo anual. Em termos de rentabilidade, espera-se que uma alavancagem operacional melhorada e custos de aluguel otimizados compensem parcialmente despesas de PDA mais altas, resultando em rentabilidade aprimorada. O Ebitda deve ficar na casa dos R$ 89 milhões, com uma margem de 19,8% (um aumento de 2,7 pontos porcentuais no comparativo anual).
Yduqs
O banco prevê um crescimento de 15% na admissão para o segmento presencial no comparativo anual, o que está no extremo inferior da faixa de orientação. O vertical Digital é projetado para ter um volume de admissão estável, em linha com a orientação da empresa para o trimestre.
Itaú projeta uma receita líquida consolidada de R$ 1,445 milhão para a Yduqs no trimestre, devido à maior participação de calouros na base de alunos após volumes fortes de admissão em 2023. A companhia deve reportar margem de Ebitda ajustado de 35,5% no trimestre, uma queda de 1,3 ponto porcentual no comparativo anual.
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