A agenda econômica desta terça-feira (6) está voltada para o primeiro dia do Comitê de Política Monetária (Copom), que se encerra amanhã já com a decisão sobre a nova taxa Selic.
Leia também
No exterior, o foco fica no discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de Minneapolis, Neel Kashkari, e no resultado trimestral da Walt Disney (DISB34).
Petrobras (PETR3; PETR4) e Braskem (BRKM5)
A Petrobras reiterou que não houve qualquer decisão da empresa em relação à sua participação na Braskem (BRKM5). A companhia reafirmou também que segue realizando due diligence na petroquímica para eventual exercício de tag along ou direito de preferência, na hipótese de venda das ações detidas pela Novonor na Braskem.
Nessa segunda-feira (6), a Braskem comunicou que a Adnoc não tem interesse em continuar as tratativas para compra dessa fatia, levando suas ações a queda de 14,5%, destaque no fechamento do Ibovespa de ontem.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O Broadcast apurou que as incertezas sobre o passivo ambiental do desastre de minas da petroquímica na capital de Alagoas, e também sobre os desdobramentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a tragédia, estão entre os principais fatores que levaram a Adnoc a desistir de comprar o grupo brasileiro.
A Petrobras também anunciou doação de R$ 5,6 milhões em apoio à população de Canoas e Esteio, atingida pela emergência causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul (RS).
O presidente da estatal, Jean Paul Prates, defendeu a exploração de petróleo na Margem Equatorial durante palestra na Conferência de Tecnologia Offshore (OTC), maior evento da indústria de óleo e gás no mundo, nos EUA, e reiterou o interesse da estatal em avançar sobre a região, principalmente na Bacia da Foz do Amazonas. Ele disse que a Petrobras “segue dialogando” para atender todas as exigências do Ibama, que não concedeu a licença ainda.
Itaú Unibanco (ITUB4)
O Itaú teve lucro líquido gerencial de R$ 9,771 bilhões no primeiro trimestre deste ano, resultado 15,8% superior ao observado em igual intervalo de 2023 e em linha com o Prévias Broadcast. O banco apresentou crescimento das receitas, tanto das provenientes de crédito quanto de serviços.
O Itaú fechou o trimestre com R$ 2,788 trilhões em ativos, alta de 9,5%. O patrimônio líquido era de R$ 175,981 bilhões, 6,7% maior, e o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) ficou em 21,9%, alta de 1,2 ponto percentual em um ano.
Publicidade
Apesar dos resultados fortes no lucro, o balanço do Itaú traz preocupações quanto à evolução das margens, segundo o Bradesco BBI. A equipe liderada pelo analista Gustavo Schroden afirma que o crescimento da carteira de crédito é o que desperta essa preocupação.
Para o Safra, o Itaú Unibanco reportou um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) forte no primeiro trimestre de 2024. Contudo, o banco chama a atenção para o crescimento dos empréstimos, que ficou “aquém das expectativas” da casa, em grande parte explicado pela saída deliberada de clientes individuais, que contribuiu para uma alta de 3 pontos percentuais (p.p.) na base anual para a rentabilidade do segmento.
Embraer (EMBR3)
A Embraer registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 63,5 milhões no primeiro trimestre de 2024. O número representa uma redução de 86% em relação ao resultado negativo de R$ 460,5 milhões reportado no mesmo período do ano passado.
CCR (CCRO3)
O Grupo CCR encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 449 milhões, alta de 41,5% em relação ao mesmo período de 2023. O Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) ajustado somou R$ 2,06 bilhões, aumento de 4,6%.
A CCR informou ainda que a concessionária ViaSul suspendeu temporariamente a cobrança em todas as praças de pedágio nas rodovias que administra no Rio Grande do Sul, em vigor desde às 13h de domingo (5).
Os resultados foram considerados positivos pela XP, que destaca o desempenho resiliente da receita das rodovias; forte desempenho dos aeroportos (Ebitda subiu 33% na comparação anual); e Ebitda positivo de mobilidade urbana (alta de 5% ante base anual).
Publicidade
O Citi destaca que o lucro por ação (EPS) ajustado da CCR de R$ 0,22 no primeiro trimestre de 2024 ficou acima da expectativa de R$ 0,17, com os resultados da empresa sendo marginalmente positivos à medida que o Ebitda veio ligeiramente acima do esperado e com alguma conversão de caixa conduzindo a uma alavancagem estável.
TIM (TIMS3)
A TIM apresentou alta de 19% no lucro líquido normalizado do primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2023, chegando a R$ 519 milhões, em linha com o Prévias Broadcast. O Ebitda normalizado cresceu 10,7%, para R$ 2,890 bilhões.
O dados operacionais do primeiro trimestre da TIM ficaram em linha com o projetado pelo Citi. O lucro, no entanto, ficou ligeiramente abaixo do esperado, influenciado por um capex (Capital expenditure, em inglês, que em suma significa investiment) maior que o previsto e aumento das despesas financeiras. “Embora sólidos, os resultados foram bastante em linha com as estimativas para o Ebitda e um pouco fracos em despesas de leasing e capex, então esperamos uma reação neutra do mercado”, resume o banco.
Rede D’Or (RDOR3)
A Rede D’Or registrou lucro líquido de R$ 840,3 milhões no primeiro trimestre, alta de 176,6% ante o mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado somou R$ 2,18 bilhões, avanço de 35%.
O Citi espera uma reação positiva do mercado frente ao balanço da Rede D’Or, devido a um superávit recorrente de lucros, também impulsionado pela retomada da expansão de leitos operacionais e pela recuperação mais forte da sinistralidade dos planos de saúde (MLR) da SulAmérica, o que deve continuar sendo crucial para melhorar o sentimento e impulsionar revisões positivas.
Vamos (VAMO3)
A Vamos registrou lucro líquido consolidado de R$ 183 milhões no primeiro trimestre de 2024, crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período de 2023. A empresa atribui o resultado principalmente ao segmento de locação.
Vivara (VIVA3)
A Vivara, que passou a integrar a carteira do Ibovespa para o período de maio a agosto, registrou lucro líquido de R$ 35,809 milhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 7,2% ante o mesmo período de 2023. Já o Ebitda ajustado recuou 1,4% em um ano, para R$ 57,247 milhões.
CBA (CBAV3)
A CBA registrou prejuízo líquido de R$ 30 milhões no primeiro trimestre, revertendo lucro do mesmo período do ano anterior, de R$ 89 milhões. O Ebitda ajustado atingiu R$ 146 milhões, alta de 74%.
O desempenho positivo de custos foi o principal destaque, na avaliação da XP, que acredita que os resultados do primeiro trimestre abrem caminho para uma melhoria mais significativa no segundo trimestre, considerando o recente aumento no preço do alumínio (atualmente acima de US$ 2.500 por tonelada, versus média de US$ 2.200 por tonelada nos três primeiros meses do ano).
Guararapes (GUAR3)
A Guararapes, dona da Riachuelo, registrou prejuízo líquido de cerca de R$ 116,994 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma queda de 33,4% em relação ao mesmo período de 2023. O Ebitda foi de R$ 211,8 milhões, alta de 142,1%.
Publicidade
A Genial Investimentos considerou o conjunto de resultados positivo, com a companhia “consolidando significativa evolução tanto em termos de vendas, quanto em rentabilidade”.
A empresa informou ainda que seu diretor de Relações com Investidores e de Finanças, Frederico Oldani, renunciou ao cargo e deixará a companhia em 12 de maio. Miguel Cafruni assumirá as funções.
Enauta (ENAT3)
A Enauta registrou lucro líquido de R$ 209 milhões no primeiro trimestre de 2024, um avanço de 77,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. O Ebitdax (similar ao Ebitda) somou R$ 618 milhões, salto de 81,2% na base anual. Já a margem Ebitdax foi de 76%, praticamente a mesma vista um ano antes, de 76,5%.
Pague Menos (PGMN3)
A Pague Menos teve prejuízo líquido de R$ 29,6 milhões no primeiro trimestre, melhora de 46,5% em relação ao resultado negativo de um ano antes. O Ebitda ajustado foi de R$ 96,9 milhões, alta de 77,4%. A companhia informou também que renegociou R$ 400 milhões, de uma dívida de cerca de R$ 1,3 bilhão.
Banrisul (BRSR6)
O Banrisul tende a ser o banco listado mais impactado pela tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, afirma o Bradesco BBI. Sediada no Estado, a instituição é também a mais exposta a ele entre as que são cobertas pela casa. Nos próximos 12 meses, o impacto sobre o lucro pode chegar a 16,1%.
Prio (PRIO3)
A produção total de petróleo da Prio atingiu 92.795 barris de óleo equivalente por dia (boepd) em abril, alta de 7,6% ante março. A venda de óleo total subiu para 2.813.318 barris de óleo (bbl), avanço de 4,2%.
Weg (WEGE3)
A Weg planeja participar do mercado de geração eólica nos EUA e usar sua fábrica de motores e geradores de alta tensão, em Mineapolis, para também fabricar sua plataforma de aerogeradores 7.X MW. Os investimentos iniciais previstos “não são relevantes” e estão considerados no orçamento aprovado, disse a empresa. O parque fabril estará apto a iniciar o fornecimento dos primeiros equipamentos a partir de 2026.
Iguatemi (IGTI11)
O Conselho de Administração (CA) da Iguatemi aprovou a abertura de um novo prazo para conversão de ações ON em PN, exclusivamente para composição de units. A conversão será voluntária e na proporção de três ações ON para cada PN. Com isso, cada Unit será formada por uma ON e duas PN. Os acionistas terão 31 dias para solicitar a conversão, contados a partir de 10 de maio.
Dexco (DXCO3)
A Dexco suspendeu temporariamente as atividades de suas operações de painéis e florestal da unidade de Taquari (RS) desde sábado, em razão de evento climático extremo que acometeu o Rio Grande do Sul.
Americanas (AMER3)
A Americanas informou que o Comitê Independente, criado para apurar as circunstâncias que ocasionaram a fraude contábil divulgada em 11 de janeiro de 2023, enviou à companhia as “últimas atualizações quanto ao cronograma para a conclusão dos trabalhos”. O encerramento das investigações deve ocorrer nos primeiros meses do segundo semestre deste ano.
CVC (CVCB3)
O Conselho de Administração da CVC elegeu Felipe Pinto Gomes como novo diretor Financeiro e de Relações com Investidores, em substituição a José Carlos Wollenweber Filho.
