Os retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) recuaram nesta segunda-feira (13), em tom de cautela para os indicadores de inflação ao consumidor e ao produtor (CPI e PPI) americanos em abril, que serão divulgadas nesta semana. Investidores também monitoraram sinais sobre o futuro da política monetária dos EUA, após falas do vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), Philip Jefferson.
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Por volta das 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,860%, da T-note de 10 anos recuava a 4,485% e o do T-bond de 30 anos tinha queda a 4,628%.
Pela manhã, os juros recuavam com mais força, mas a queda se abrandou após Jefferson pontuar que é apropriado manter os juros em nível restritivo até haver mais evidências sobre o progresso na inflação. Para ele, a desaceleração do processo desinflacionário no primeiro trimestre é uma fonte de preocupação que deve ser analisada com cautela.
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Os retornos também devolveram uma parte das perdas após o dado de expectativa de inflação nos EUA medido pelo Fed de Nova York, que registrou alta nas expectativas de inflação para 1 ano, de 3,0% em abril para 3,3% em maio. A expectativa para daqui a cinco anos também subiu, de 2,6% para 2,8% em maio.
Segundo o BMO Capital Markets, o comportamento dos retornos hoje foi típico de um dia pré-CPI, com oferta modesta. Além disso, a instituição destaca que é possível que o mercado interprete exageradamente os dados da inflação ao produtor (PPI) americana, que será divulgada amanhã – atipicamente antes do CPI. Mesmo assim, o BMO pondera que o PPI não pode ser encarado como uma prévia do CPI, visto que, apesar de serem correlacionados, os dois índices podem se comportar de maneira diversa.